São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 2008

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Irmã nega ter sido vítima de abuso sexual do cunhado

Polícia investiga se herança teria motivado o crime; mãe e irmã da acusada devem prestar depoimento hoje à tarde

Após cometer crime, mulher disse que armeiro teria molestado a sua irmã, de 12 anos; polícia pede quebra de sigilos bancário e telefônico


DO "AGORA"

A polícia praticamente descartou a hipótese de a pesquisadora Michele Saragosa Ferreira, 25, ter assassinado o bancário e armeiro Marcos de Moraes Barros, 44, em razão de um suposto abuso sexual que ele teria cometido contra a irmã dela, de 12 anos. A versão foi dada por Michele como motivação para o crime.
A mãe de Michele, a artesã Rosalina Aparecida Maciel, 50, negou na manhã de ontem, em depoimento no Juizado da Infância e da Juventude de São Vicente (65 km de SP), onde mora, que a filha de 12 anos tenha sido molestada pelo genro.
Segundo o delegado André Antiqueira, a menina também foi ouvida pelo Conselho Tutelar e negou ter sofrido abuso.
O bancário foi morto com um tiro na cabeça na última quinta-feira, na casa onde morava com Michele, na Vila Sônia (zona oeste de SP). Após o crime, a pesquisadora telefonou para a PM confessando o assassinato. Ela está presa na Penitenciária Feminina de Sant"Ana, no Carandiru (zona oeste).
No imóvel do casal, a polícia encontrou um arsenal com 34 armas, incluindo seis espingardas, oito fuzis, sete metralhadoras e revólveres.
O juiz da Vara da Infância e da Juventude de São Vicente, Luiz Guilherme Vaz Cardinali, afirmou que não submeterá a menina a exame de corpo de delito. A mãe e a irmã de Michele prestarão depoimento à polícia da capital nesta tarde.
O delegado pediu à Justiça a quebra dos sigilos bancário e telefônico de Barros para poder investigar se ele tinha amante. Em depoimento, Michele também disse que matou o bancário porque ele pediu a separação por estar tendo um caso.
A polícia trabalha ainda com a hipótese de Michele ter cometido o crime para receber uma herança de R$ 1,5 milhão, provenientes da venda de uma mansão da mãe de Barros. O imóvel foi vendido há dois meses e o dinheiro seria dividido entre ele, sua avó e três primos.


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