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Irmã nega ter sido vítima de abuso sexual do cunhado
Polícia investiga se herança teria motivado o crime; mãe e
irmã da acusada devem prestar depoimento hoje à tarde
Após cometer crime, mulher
disse que armeiro teria
molestado a sua irmã, de 12
anos; polícia pede quebra de
sigilos bancário e telefônico
DO "AGORA"
A polícia praticamente descartou a hipótese de a pesquisadora Michele Saragosa Ferreira, 25, ter assassinado o bancário e armeiro Marcos de Moraes Barros, 44, em razão de um
suposto abuso sexual que ele
teria cometido contra a irmã
dela, de 12 anos. A versão foi dada por Michele como motivação para o crime.
A mãe de Michele, a artesã
Rosalina Aparecida Maciel, 50,
negou na manhã de ontem, em
depoimento no Juizado da Infância e da Juventude de São
Vicente (65 km de SP), onde
mora, que a filha de 12 anos tenha sido molestada pelo genro.
Segundo o delegado André
Antiqueira, a menina também
foi ouvida pelo Conselho Tutelar e negou ter sofrido abuso.
O bancário foi morto com um
tiro na cabeça na última quinta-feira, na casa onde morava
com Michele, na Vila Sônia (zona oeste de SP). Após o crime, a
pesquisadora telefonou para a
PM confessando o assassinato.
Ela está presa na Penitenciária
Feminina de Sant"Ana, no Carandiru (zona oeste).
No imóvel do casal, a polícia
encontrou um arsenal com 34
armas, incluindo seis espingardas, oito fuzis, sete metralhadoras e revólveres.
O juiz da Vara da Infância e
da Juventude de São Vicente,
Luiz Guilherme Vaz Cardinali,
afirmou que não submeterá a
menina a exame de corpo de
delito. A mãe e a irmã de Michele prestarão depoimento à
polícia da capital nesta tarde.
O delegado pediu à Justiça a
quebra dos sigilos bancário e
telefônico de Barros para poder
investigar se ele tinha amante.
Em depoimento, Michele também disse que matou o bancário porque ele pediu a separação por estar tendo um caso.
A polícia trabalha ainda com
a hipótese de Michele ter cometido o crime para receber
uma herança de R$ 1,5 milhão,
provenientes da venda de uma
mansão da mãe de Barros. O
imóvel foi vendido há dois meses e o dinheiro seria dividido
entre ele, sua avó e três primos.
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