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Ações buscam reduzir poluentes
DA REPORTAGEM LOCAL
Inspeção ambiental veicular,
controle das emissões por evaporação em postos de combustíveis
e alterações na formulação da gasolina. São essas as medidas que
devem ser adotadas num curto,
médio e longo prazo, respectivamente, para reduzir a poluição
por ozônio na Grande São Paulo.
Embora as ações sejam aprovadas por especialistas, que as consideram básicas e fundamentais
na melhoria da qualidade do ar,
não deverão resolver a questão
por completo. Maior investimento em transporte coletivo, campanhas e medidas que desestimulem o uso do carro e informem os
motoristas sobre a necessidade de
manter os veículos bem regulados
e com os catalisadores em ordem
são outras recomendações.
A inspeção é obrigatória segundo duas resoluções do Conama
(Conselho Nacional do Meio Ambiente) e já deveria ter começado
em todo o país desde meados de
2002, mas apenas parte do Rio de
Janeiro realiza a verificação.
Ela fiscaliza se as emissões de
gases e ruídos dos carros estão em
conformidade com a legislação e é
pré-requisito para o licenciamento. Pelo tamanho da frota, a cidade de São Paulo será a única a fazê-la isoladamente a partir de
2005. A estimativa da prefeitura é
que a inspeção consiga reduzir a
poluição em entre 30% e 40%.
O controle das emissões por
evaporação nas bombas dos postos e no abastecimento de caminhões que transportam combustíveis são medidas "básicas". Elas
já vêm sendo adotadas com sucesso nos EUA, onde estão algumas das cidades que mais sofrem
com o ozônio, como Los Angeles,
diz Flavio Cotrim Pinheiro, pesquisador e consultor ambiental.
É uma medida mais simples que
mudar a formulação da gasolina.
Cetesb e ANP (Agência Nacional
do Petróleo) assinaram um acordo de cooperação técnica que prevê, entre outros, estudos para redução do teor de olefinas no combustível de 30% para entre 10% e
5%, mas isso esbarra em custo.
As olefinas são hidrocarbonetos
que ajudam a formar o ozônio.
Elas reagem com muita facilidade, por isso, se estiverem em menor quantidade, o esperado é que
menos ozônio se forme. Não é
certo que a agência consiga o que
quer, mas, em menos de dez anos,
não haverá muito mais o que fazer para combater a poluição do
ar, diz Homero Carvalho, gerente
da Divisão de Engenharia e Fiscalização da Cetesb. (MV)
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