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CONTRASTE
Dos 13 mercados municipais de São Paulo, 12 têm problemas básicos
Mercados ainda pecam na higiene
"DO AGORA'
Ao contrário do Mercado Municipal Paulistano, o Mercadão,
que foi recentemente reestruturado, ganhando nova fachada, pintura e banheiros, os outros 12
mercados municipais de São Paulo têm problemas de estrutura e
de higiene.
A reportagem visitou todos os
estabelecimentos na semana passada. Na maioria deles, funcionários de peixarias, avícolas e açougues trabalhavam sem chapéu ou
avental protetores, contrariando
uma norma de higiene da Vigilância Sanitária do município.
Alguns prédios têm problemas
nas instalações. No Mercado do
Ipiranga (zona sul), por exemplo,
algumas telhas estão soltas e sujas.
O Mercado de Guaianazes (zona leste) é o que tem a pior fachada. As paredes externas estão pichadas e os vidros, em sua grande
maioria, quebrados. No banheiro,
que também está com as paredes
pichadas e sujas, as portas estão
quebradas.
Já o Mercado São Miguel, também na zona leste, enfrenta o
mesmo problema com os sanitários, que ficam no estacionamento. No masculino, uma das cabines não tem porta e a outra teve o
vaso arrancado. O feminino também está sujo.
A subgerente de alimentos da
Vigilância Sanitária Municipal,
órgão responsável pela fiscalização das normas sanitárias e de higiene dos mercados da cidade,
Ana Paula Randi, afirmou que todos os permissionários-donos
das bancas- serão convocados
para um participarem de um curso (sem data definida) de qualificação. (leia texto nesta página).
Para os clientes, o atrativo é a
qualidade dos produtos. A maioria oferece, por exemplo, frutas
fora de época. "As frutas são boas,
mas eu venho mesmo para comprar frios. Os preços compensam,
em comparação com os preços
dos supermercados. Além disso,
está tudo sempre fresquinho",
disse a auxiliar de serviços Thereza Ferreira Mantovani, 67, enquanto fazia compras no mercado de Guaianazes.
Mercado Municipal
O Mercado Municipal Paulistano, mais conhecido como Mercadão, existe há 71 anos, mas nunca
tinha passado por uma reforma
como a última, que começou em
agosto do ano passado e foi concluída no final do mês passado.
O orçamento inicial da obra era
de R$ 25 milhões, mas foram gastos R$ 34 milhões.
O comerciário Custódio Rodrigues, 69 anos, saiu de Santo André
(ABC) com a mulher e a filha para
conhecer o "novo" mercado. "A
obra era necessária, e acho que ficou bom", disse.(Marina Yakabe)
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