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Obras não têm intenção eleitoral, diz secretário
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário municipal de Comunicação Social da Prefeitura de
São Paulo, José Américo Dias, admite que neste ano a prefeitura
pretende investir mais em obras,
mas nega que elas tenham um caráter eleitoral.
"A prefeita Marta Suplicy afasta
qualquer debate no governo sobre a sucessão municipal", disse
ele. "Não fazemos um trabalho
pensando em reeleição."
Mesmo assim, a prefeitura programou uma campanha publicitária na TV, rádio e em folhetos
para divulgar a entrega dos primeiros CEUs, prevista para maio.
"Será uma campanha dirigida
para o usuário dos CEUs, ou seja,
os alunos e seus familiares", declarou Dias. A prefeitura também
irá aproveitar o espaço para divulgar outras iniciativas na área de
educação.
Outra ferramenta que será utilizada na campanha é o telemarketing, pelo qual a prefeitura irá informar a população dos bairros
onde serão construídos os CEUs
sobre as matrículas.
Finanças
De acordo com o secretário, os
investimentos em obras de maior
visibilidade a partir deste ano,
mais que um apelo político, têm
uma explicação financeira.
"No primeiro ano da administração [2001", passamos por um
momento difícil, com falta de recursos", afirmou. Naquele ano, a
prefeitura investiu menos de 2%
do Orçamento, algo em torno de
R$ 120 milhões. Isso ocorreu, entre outros motivos, porque alguns
financiamentos previstos pelo ex-prefeito Celso Pitta acabaram não
acontecendo. Além disso, a prefeitura acusou o antecessor de subestimar a folha de pagamento do
funcionalismo.
Em 2002, segundo Dias, o esforço maior da administração foi expandir os programas sociais. O
Renda Mínima, por exemplo, que
em 2001 teve uma dotação orçamentária de R$ 60 milhões, em
2002 consumiu R$ 160 milhões.
Neste ano, porém, o Orçamento
irá permitir que a prefeitura amplie seus investimentos em obras
de maior visibilidade. "Isso porque as finanças já estão equilibradas", afirma o secretário.
Além disso, outro fator que está
contribuindo para a retomada de
obras é a liberação de investimentos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para
projetos como o que prevê a reurbanização do centro.
O secretário, porém, afasta o caráter de marketing político que as
obras visíveis possam provocar.
"É um círculo normal do governo", afirma ele.
Dias afirmou ainda que "é o
partido quem tem de trabalhar do
ponto de vista eleitoral, e não a
prefeitura".
E o partido deverá fazê-lo. No
programa do PT estadual que irá
ao ar no dia 18, a prefeita terá um
papel de destaque. A equipe do
publicitário Duda Mendonça andou conversando com ela e com o
próprio Dias sobre o que pretende mostrar da administração de
Marta. Os CEUs serão um dos
principais pontos.
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