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Governo estuda restrição a propaganda
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Humberto Costa
(Saúde) tem em mãos, desde 13 de
maio, o projeto de uma política
pública contra o álcool, fruto de
conturbados nove meses de discussões de um grupo interministerial. Segundo a assessoria do
ministério informou na sexta-feira, Costa ainda não se decidiu. Entre as propostas está a de proibir a
propaganda de álcool até as 23h.
Inicialmente, o ministério defendia o banimento dos comerciais, algo que, para alguns especialistas, é uma das principais medidas para proteger os mais jovens. Hoje a propaganda de cerveja não tem restrição de horário.
"Não há projeto [fechado] sobre
essa questão específica", informa
ainda o ministério ao ser indagado sobre medidas para proteger
os jovens. Uma das idéias é a de
restrição à venda perto de escolas.
O ministério enfrenta forte resistência, principalmente da área
econômica do governo, que vê
nas restrições uma ameaça, principalmente quando o assunto é
sobretaxar -e conseqüentemente encarecer- o produto.
Os fabricantes de cerveja dizem
que seu produto é o que mais paga tributos, R$ 6,5 bilhões por
ano. E o Ministério da Fazenda teme que a sobretaxação leve ao
crescimento do mercado ilegal.
O Consenso Brasileiro sobre
Políticas Públicas do Álcool, feito
por 26 especialistas brasileiros,
aponta que a população jovem é
uma das mais sensíveis ao aumento de preço e que a redução
da densidade de pontos-de-venda
é eficiente para coibir o uso de álcool nessa população vulnerável.
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