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Subprefeita alega que não houve tempo
DA REPORTAGEM LOCAL
Tanto as empresas de manobristas como a prefeitura reconhecem a necessidade de regulamentar essa atividade em São
Paulo. Mas quase nada foi feito
até hoje, apesar de mais de 200 valets terem sido criados na capital
paulista nos últimos dez anos.
A subprefeita de Pinheiros, Bia
Pardi, que atua na região que mais
concentra essas empresas, diz que
que a prefeitura não se mobilizou
por "falta de tempo". "A gente
tem de estudar [esse tema". Houve absoluta falta de tempo."
Um dos problemas para a tomada de decisões é a indefinição
sobre qual órgão ou secretaria deveria liderar a regulamentação
dos serviços de manobristas.
O Tribunal de Contas do Município questionou a Secretaria das
Subprefeituras sobre esse fato,
que repassou parte da responsabilidade para a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que,
por sua vez, voltou a repassá-la
para aquela pasta.
Já a subprefeita de Pinheiros
avalia que a coordenação deveria
ser da Secretaria dos Transportes,
que informa não tratar do tema.
A gestão Marta Suplicy chegou a
criar uma comissão intersecretarial nos últimos meses para estudar os estacionamentos. A Secretaria dos Transportes afirma que
a modalidade dos valets não será
analisada. Outras pastas, segundo
a Folha apurou, acham que sim.
A Secretaria das Subprefeituras,
indicada pelo TCM para impedir
a manutenção das irregularidades, informou, por meio de assessoria, que tomará as atitudes de
sua responsabilidade para cumprir a determinação. A secretaria
diz, porém, que cabe às subprefeituras só evitar a ocupação da calçada e retirar os cones e cavaletes
colocados nas vias públicas.
O gerente de operações da CET
na região central, Sebastião Muniz, diz que, a partir do posicionamento do TCM, a empresa vai sugerir a criação de uma comissão
intersecretarial para definir as regras de atuação dos valets.
Qualidade
O diretor jurídico da Associação
das Empresas de Valet, Syrius
Lotti Júnior, disse que será lançado um selo de qualidade no final
deste mês para que os motoristas
identifiquem os serviços idôneos.
A entidade avalia que a decisão do
TCM não deverá ser negativa,
porque vai pressionar a prefeitura
a regulamentar a atividade.
Lotti Júnior afirma que as empresas de valet prestam um serviço importante para a sociedade, já
que há carência de estacionamento perto de bares e restaurantes e,
pela falta de segurança, é arriscado para os motoristas estacionar
nas ruas e ter de andar a pé.
"É um mal necessário. Os valets
complementam uma infra-estrutura que os estabelecimentos não
têm", afirma Sérgio Morad, presidente do Sindepark - sindicato
que representa os estacionamentos fechados de São Paulo.
(AI)
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