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PLANTÃO MÉDICO
Revistas médicas mostram financiador de pesquisa
JULIO ABRAMCZYK
Revistas médicas nacionais e
internacionais passaram a exigir
dos autores de artigos científicos
declaração relacionando ou negando o trabalho a ser publicado a algum interesse pessoal, financeiro ou político. É o denominado "conflito de interesses".
Dessa forma, quem ler o artigo
ficará sabendo qual foi a fonte financiadora da pesquisa, uma
agência governamental ou um
laboratório farmacêutico. Um
exemplo desta exigência pode
ser visto na revista da Associação Médica Americana. Um artigo compara a ação de drogas
para a hipertensão (losartan e
atenolol) em 1.326 pacientes, na
Noruega. Em nota do editor, o
texto nomeia o laboratório que
patrocinou a pesquisa; informa
que o médico norueguês S.
Kjeldsen, autor principal do artigo, recebeu honorários de laboratórios farmacêuticos que
produzem e/ou distribuem a
droga, assim como o co-autor S.
Julius; apontou os nomes de outros quatro doutores como funcionários do principal financiador da pesquisa.
No 1º Congresso Internacional
de Divulgação Científica, realizado na USP, sobre o tema "Ética e Divulgação Científica", Michel Bergeron, professor titular
da Faculdade de Medicina da
Universidade de Montreal, Canadá, e diretor da revista "M/S-Médicine/Sciences", discorreu
sobre Medicina e Divulgação
Científica. Ele lembrou que o
marketing farmacêutico tem
um lado aliciador, envolvente,
com seus jantares, recepções e
presentes aos profissionais da
sáude. Também destacou que
revistas distribuídas gratuitamente a médicos são suporte de
publicidade e marketing, com
informações sem análise crítica.
MEMÓRIA
Vizinhança ruidosa afeta aprendizado
Estudo em crianças residentes perto de aeroporto concluiu que o
ruído dos jatos afeta o aprendizado e a memória. Gary Evans
mostra no "Psychological Science" de setembro que o problema
é reversível, quando a criança passa a viver em local sem barulho.
SANGUE
Pó de batata pode diminuir sangramento
Um pó produzido a partir da batata pode ajudar na hemostasia
(interrupção do sangramento) em pequenos ferimentos de pele,
segundo o médico Mark H. Ereth, da Clínica Mayo de Rochester,
EUA. O pó hemostático foi aprovado pela FDA e interromperia o
sangramento ao causar a coagulação imediata do sangue.
E-mail - julio@uol.com.br
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