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Uso sem acompanhamento preocupa médicos
DA REPORTAGEM LOCAL
O uso da flutamida sem acompanhamento médico preocupa os
especialistas. A questão foi discutida em um simpósio sobre acne
realizado em Paris após o 20º
Congresso Mundial de Dermatologia, que terminou em 5 de julho.
"Não é nada milagroso, mas a
droga reduz a oleosidade do cabelo e da pele. Muitas mulheres gostam desse efeito. Se não houver
controle e informação, elas usam
sozinhas", declara a dermatologista Denise Steiner.
Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia
e Metabologia, Ricardo Meirelles,
o ideal é procurar tanto o dermatologista quanto o endocrinologista, para um trabalho em conjunto. "Não dá para usar porque a
vizinha está tomando. Sem o médico, há risco até de morte."
Márcio Rutowitsch, vice-presidente da Sociedade Brasileira de
Dermatologia, diz que a entidade
está preocupada em alertar médicos e pacientes para o uso responsável da flutamida.
A médica Maria Viviane Mourão, 43, enfrenta desde os 17 anos
o problema da queda de cabelo.
"Deixar de fazer as coisas não deixei, mas fazia com medo, ficava
insegura", conta. Há cerca de sete
anos, ela ficou quase sem cabelos
no meio da cabeça.
Depois de ficar sabendo das
possibilidades da flutamida, procurou um especialista para fazer o
tratamento. "Mesmo sendo médica, preferi não me arriscar."
Um ano após o início do tratamento, ela se diz satisfeita. "O cabelo ainda é um pouco ralo, mas
está muito melhor do que era."
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