São Paulo, domingo, 14 de julho de 2002

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Uso sem acompanhamento preocupa médicos

DA REPORTAGEM LOCAL

O uso da flutamida sem acompanhamento médico preocupa os especialistas. A questão foi discutida em um simpósio sobre acne realizado em Paris após o 20º Congresso Mundial de Dermatologia, que terminou em 5 de julho.
"Não é nada milagroso, mas a droga reduz a oleosidade do cabelo e da pele. Muitas mulheres gostam desse efeito. Se não houver controle e informação, elas usam sozinhas", declara a dermatologista Denise Steiner.
Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Ricardo Meirelles, o ideal é procurar tanto o dermatologista quanto o endocrinologista, para um trabalho em conjunto. "Não dá para usar porque a vizinha está tomando. Sem o médico, há risco até de morte."
Márcio Rutowitsch, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, diz que a entidade está preocupada em alertar médicos e pacientes para o uso responsável da flutamida.
A médica Maria Viviane Mourão, 43, enfrenta desde os 17 anos o problema da queda de cabelo. "Deixar de fazer as coisas não deixei, mas fazia com medo, ficava insegura", conta. Há cerca de sete anos, ela ficou quase sem cabelos no meio da cabeça.
Depois de ficar sabendo das possibilidades da flutamida, procurou um especialista para fazer o tratamento. "Mesmo sendo médica, preferi não me arriscar."
Um ano após o início do tratamento, ela se diz satisfeita. "O cabelo ainda é um pouco ralo, mas está muito melhor do que era."


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