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Apreendido há um ano pela polícia, veículo leva 6 multas
Camionete, tomada pela polícia em investigação, foi flagrada em infrações de trânsito
Advogado de proprietária levou o caso à Corregedoria da Polícia Civil e diz que veículo foi "estilizado", com um adesivo novo no vidro
GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Há um ano, a camionete S-10
2004 da comerciante Gleidicimara Almeida dos Santos, 36,
foi apreendida pelo Deic (Departamento de Investigações
Criminais) da Polícia Civil de
São Paulo, durante investigação em Ribeirão Preto. Hoje,
ela coleciona seis multas e 40
pontos na carteira de habilitação porque o carro, que deveria
ficar apreendido, foi flagrado
em infrações na via Anhangüera e em ruas da capital paulista.
O advogado da comerciante,
Alexandre Durante, levou o caso à Corregedoria da Polícia Civil em 6 de junho, mas ainda
não recebeu resposta. "Na última multa, tem até um adesivo
no vidro. Estilizaram o carro."
As três primeiras multas foram aplicadas logo no dia da
apreensão, 16 de agosto do ano
passado, na via Anhangüera:
duas por excesso de velocidade
e uma por evasão de pedágio.
A quarta ocorreu em 16 de
abril, por ultrapassagem a sinal
vermelho na avenida Cangaíba
com a rua Malacacheta, na Penha, zona leste de São Paulo.
Outra infração foi registrada
em 8 de maio, no cruzamento
das ruas Tuiuti e Melo Freire,
no Tatuapé, zona leste, por falta de cinto de segurança.
Em 11 de julho, mais uma
multa, por excesso de velocidade na rua Doutor Assis Ribeiro,
e outra na zona leste.
A comerciante, que não quis
dar entrevista, recorreu de todas. Os recursos ainda estão em
trâmite, segundo o advogado.
O carro foi apreendido pelo
Deic na investigação de uma
quadrilha que extorquia dinheiro de pessoas com ações
judiciais contra fundos de pensão no Estado. O grupo enviava
cartas prometendo que as vítimas seriam colocadas numa
ação popular se depositassem
uma quantia numa conta. Segundo Durante, um dos suspeitos foi visto na casa de Santos,
onde o Deic achou cartas que
eram enviadas às pessoas.
Santos e o marido dela -cujo
nome não foi revelado- foram
presos em flagrante, mas alegam que os documentos eram
de um conhecido que os deixou
lá. O casal teve a liberdade provisória decretada 45 dias depois da prisão.
Procurado, o Deic disse que
não se manifestaria porque a
Corregedoria está investigando
o caso. A Secretaria da Segurança Pública confirmou a investigação e disse que não vai se pronunciar antes da conclusão.
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