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Maestro frequenta igreja evangélica
DA REDAÇÃO
Naquela manhã de domingo, o
maestro Roberto Minczuk, 36, estava envolvido por uma música
muito distinta daquela que costuma reger na Orquestra Sinfônica
do Estado de São Paulo, onde é diretor artístico-adjunto, e na Filarmônica de Nova York, em que é
regente associado.
Uma melodia simples, que em
nada lembra a complexidade da
música de um Mahler (1860-1911),
fazia o maestro cantar com alegria
e entusiasmo.
Na celebração da Assembléia de
Deus Betesda, na zona sul de São
Paulo, não se vê o regente rigoroso à frente da orquestra. Está ali o
cristão participativo.
"A igreja é um lugar em que você compartilha a sua esperança.
Você vai para ouvir a palavra de
Deus", explica Minczuk.
O maestro lembra que deve à
igreja sua iniciação musical. De
uma família de origem russa, o
maestro frequentava a Assembléia de Deus da comunidade. O
pai, músico profissional, cuidava
do repertório dos cultos.
Minczuk explica que deixou de
frequentar a igreja em que foi
criado por achá-la muito fechada.
Diz que pertence hoje à Betesda
(que significa "lugar da misericórdia divina") porque encontra
ali um canal de diálogo.
A música executada no culto é
para agradecer a Deus. Esse caráter de fervor religioso é que faz o
maestro admirar, para além da
genialidade do compositor, a música de J.S. Bach (1685-1750).
(ECD)
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