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AMBIENTE
Cetesb afirma que analisa a instalação de mais estações de monitoramento
Para especialista, pontos de medição precisam aumentar
DA REDAÇÃO
É necessário ampliar os pontos
de medição e adotar medidas que
diminuam a emissão de poluentes na cidade de São Paulo para
controlar a poluição por ozônio.
Essas são as ações que devem
ser adotadas para combater o gás
na opinião de Maria de Fátima
Andrade, pesquisadora do Departamento de Ciências Atmosféricas da USP (Universidade de
São Paulo), órgão ligado ao Instituto de Astronomia, Geofísica e
Ciências Atmosféricas (IAG).
Segundo Andrade, a medição
que é feita pela Cetesb (agência
ambiental paulista) em 14 estações na capital, nove na Grande
São Paulo e seis no interior é confiável, mas necessita passar por
uma ampliação. Das estações da
capital, apenas sete monitoram os
níveis de ozônio.
Ampliação
Jesuíno Romano, gerente do
Departamento de Tecnologia do
Ar da Cetesb, diz que a agência
pretende intensificar o controle
do ozônio em São Paulo, com a
instalação de medidores em novos pontos, que podem ser provisórios ou não. "Estamos estudando como executar o plano", afirma Romano.
A pesquisadora da USP sugere a
instalação dos aparelhos de medição do ozônio em locais distantes
das vias de tráfego, pois os óxidos
de nitrogênio liberados pelos veículos consomem o ozônio, fazendo com que medições do poluente próximas às avenidas e ruas de
grande movimento sejam baixas.
Foi o que ocorreu com a medição na estação Congonhas, que fica próxima à avenida dos Bandeirantes (zona sul), uma das mais
movimentadas de São Paulo. A
medição do ozônio deixou de
ocorrer porque os índices detectados eram sempre baixos, devido à
localização do equipamento.
De acordo com a pesquisadora,
é necessário também instalar
pontos de medição em lugares
mais afastados, como em outros
municípios do Estado.
Preferência por altitudes
O estudo "Meteorologia e Poluição Atmosférica em São Paulo",
promovido em conjunto por vários institutos da USP, mostrou
que o movimento das massas de
ar faz com que o ozônio se desloque para regiões mais altas (como
a serra da Cantareira e o pico do
Jaraguá) e até para municípios em
um raio de até 400 quilômetros de
distância -como Barueri, Campinas, Piracicaba e Bauru.
Para a pesquisadora Maria de
Fátima Andrade, a inspeção veicular também traria benefícios,
"mas não se sabe quanto". Segundo ela, uma avaliação dos efeitos
só poderá ser feita após a fiscalização começar a funcionar.
Outras ações para minimizar a
produção do ozônio, diz Andrade, são a redução da frota circulante, a ampliação do uso de formas mais limpas de transporte
-como ônibus elétrico e metrô- e uma mistura melhor de
combustível, que emita menos poluentes. (ROBERTO PELLIM)
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