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Comércio e laços afetivos atraem os moradores
DA SUCURSAL DO RIO
Além de razões específicas
do mercado imobiliário informal, a favela atrai seus
moradores por causa dos laços familiares e culturais lá
criados e por um expressivo
mercado de trabalho próprio, pouco conhecido de
quem não costuma entrar
nessas áreas.
Uma pesquisa realizada no
ano passado na favela do Jacarezinho (zona norte do
Rio), pelos mesmos autores
do estudo sobre o mercado
imobiliário das favelas, mostra que há 1.335 estabelecimentos comerciais no local.
Esse comércio interno da
favela emprega uma parcela
significativa de seus moradores. Segundo a pesquisa
feita pelo Ippur, da UFRJ,
para o Instituto Pereira Passos, 44% dos chefes de domicílio do Jacarezinho trabalham na comunidade.
A pesquisa mostra que laços familiares e de amizade
pesam na escolha em permanecer nas favelas. Para
91% dos moradores entrevistados, a maioria de seus
amigos residia na própria
comunidade e 74% deles
disseram que a maioria de
seus familiares moravam lá.
Para o coordenador da
pesquisa, Pedro Abramo, esse dado sobre a favela do Jacarezinho é comum a outras
favelas e mostra que esses locais não podem ser vistos
apenas como áreas de moradia ou de tráfico de drogas.
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