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Livros questionam a obrigação de ser feliz sempre
DA REPORTAGEM LOCAL
A idéia de que as pessoas
devem necessariamente ostentar felicidade assume
maiores proporções no final
do ano, mas é uma constante
no dia-a-dia da sociedade
contemporânea. Uma exigência urbana moderna.
O livro "A Euforia Perpétua", do francês Pascal
Bruckner (Difel, 240 págs.,
R$ 34), demonstra que a felicidade se tornou um objetivo de vida em si, não mais
uma eventual decorrência
da passagem do homem pela Terra. Para o autor, é inconcebível alguém dizer que
não é feliz, algo tão importante, nesse novo espectro
de valores, quanto saúde
exuberante, sexualidade ostensiva e acúmulo de bens.
Nesse contexto, para exibir
sua felicidade, o cidadão
precisa se abastecer de roupas de grife, carro novo, celulares, computadores etc. O
problema, diz o autor, é que
esse acúmulo infindável acaba provocando frustração,
tristeza, depressão.
"Descomplique seu Natal", de Elaine St. James (Editora ARX, 210 págs., R$ 20),
tem objetivo bem mais pragmático e menos filosófico
que o anterior, mas alerta os
leitores ávidos de felicidade
natalina para o fato de que o
excesso redunda em desgaste físico e psicológico. "Para
muitas pessoas, o Natal pode
ser tudo, menos feliz", afirma a autora.
(LC)
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