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Estudantes acompanham famílias
DA REPORTAGEM LOCAL
Os alunos de medicina da Ulbra
(Universidade Luterana do Brasil), em Canoas (RS), aprendem
desde o primeiro semestre da faculdade a importância da relação
entre mãe e bebê, visitando semanalmente uma família.
Segundo o pedopsiquiatra Salvador Célia, professor da faculdade, os alunos devem estar preparados não só para reconhecer os
problemas orgânicos, mas também para captar possíveis problemas emocionais envolvidos nessa
relação da criança com seus pais.
O médico, que é consultor do
Unicef (órgão da ONU) no Brasil,
afirma que as visitas domiciliares
ajudam na formação de um profissional mais humano.
A estudante Juliana Roos, 24,
concorda. Há dois meses, ela
acompanha a mãe adolescente
Michele, 15, e seu bebê de sete meses. Além de estar atenta ao desenvolvimento neuropsicomotor
do bebê, ela vai observando como
a relação da jovem mãe com o filho vai se construindo.
"Apesar da idade, ela é muito
amorosa com o filho. E recebe
muito apoio da sogra", afirma.
Michele diz que ouve atentamente os conselhos de Juliana.
"Vejo ela mais como amiga do
que como médica. Sinto-me mais
segura sabendo que ela está por
perto", afirma.
A adolescente conta que conseguiu amenizar episódios de regurgitação do bebê seguindo as
dicas de Juliana.
Mas nem sempre todos os conselhos são seguidos à risca. Neste
mês, por exemplo, Juliana disse à
mãe que ainda era cedo para colocar o filho no andador. "Ela ouviu, mas não acatou."
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