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Estimulação precoce combate atrasos
DA REPORTAGEM LOCAL
A estimulação precoce -clínica voltada ao atendimento de bebês e pequenas crianças- e o fortalecimento da relação entre pais
e filhos são fundamentais nos casos de síndrome de Down para
que não ocorram atrasos importantes do desenvolvimento.
A situação se torna crítica quando a família emudece diante do
diagnóstico da síndrome, o que é
muito comum, segundo os psicanalistas.
O caso de Henrique, 2, é uma
exceção. Desde um mês de idade,
ele freqüenta o Centro Lydia Coriat, em Porto Alegre (RS), e conseguiu desenvolver todas as funções motoras, cognitivas e sociais.
"Os pais apostaram no garoto
desde o seu nascimento. O laço familiar é muito forte", afirma
Cláudia Rosso Trevisan, fisioterapeuta. Henrique ainda tem problemas com a fala. "É a grande
questão posta no momento.
Quando se sente demandado, ele
se retrai", afirma. Ainda assim,
freqüenta uma escola infantil com
crianças sem a deficiência.
Todo o processo de inclusão na
escola está sendo acompanhado
pela terapeuta e pelos pais do garoto. "Ele se sente apoiado. Por isso faz tantos progressos", diz.
Segundo a psicanalista e fonoaudióloga Eloisa de Lacerda, os
profissionais, em geral, enchem
os pais de regras para tratar os
portadores da síndrome. Ela conta que a mãe de uma paciente disse que aprendeu até sobre o funcionamento dos órgãos da filha,
mas não sabia como acolhê-la.
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