São Paulo, domingo, 16 de maio de 2004

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Estimulação precoce combate atrasos

DA REPORTAGEM LOCAL

A estimulação precoce -clínica voltada ao atendimento de bebês e pequenas crianças- e o fortalecimento da relação entre pais e filhos são fundamentais nos casos de síndrome de Down para que não ocorram atrasos importantes do desenvolvimento.
A situação se torna crítica quando a família emudece diante do diagnóstico da síndrome, o que é muito comum, segundo os psicanalistas.
O caso de Henrique, 2, é uma exceção. Desde um mês de idade, ele freqüenta o Centro Lydia Coriat, em Porto Alegre (RS), e conseguiu desenvolver todas as funções motoras, cognitivas e sociais.
"Os pais apostaram no garoto desde o seu nascimento. O laço familiar é muito forte", afirma Cláudia Rosso Trevisan, fisioterapeuta. Henrique ainda tem problemas com a fala. "É a grande questão posta no momento. Quando se sente demandado, ele se retrai", afirma. Ainda assim, freqüenta uma escola infantil com crianças sem a deficiência.
Todo o processo de inclusão na escola está sendo acompanhado pela terapeuta e pelos pais do garoto. "Ele se sente apoiado. Por isso faz tantos progressos", diz.
Segundo a psicanalista e fonoaudióloga Eloisa de Lacerda, os profissionais, em geral, enchem os pais de regras para tratar os portadores da síndrome. Ela conta que a mãe de uma paciente disse que aprendeu até sobre o funcionamento dos órgãos da filha, mas não sabia como acolhê-la.


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