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PATRIMÔNIO
"Medicina Brasiliensi" foi levado do Museu Nacional, no Rio; polícia chegou à obra por meio de denúncia de livreiro
Acusado de furtar livro raro é preso em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A polícia paulista recuperou anteontem um dos 13 livros furtados
do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, no início do mês. Um estudante de biblioteconomia foi preso sob acusação de ser o autor do
furto. Outros três universitários
são investigados, sob suspeita de
formarem uma quadrilha especializada em roubar raridades de
acervos públicos do país.
No apartamento do estudante,
no centro de São Paulo, foram encontrados outros 15 livros raros
de bibliotecas públicas, um documento supostamente assinado
por dom Pedro 2º e 76 fotos antigas do Rio de Janeiro. Dois dos livros pertencem à Biblioteca Municipal Mário de Andrade, onde o
estudante trabalha como estagiário. Um dos livros é de uma biblioteca de Blumenau, em Santa
Catarina, e outros dois são do Instituto de Zoologia da USP.
A polícia chegou até o estudante
por meio de uma denúncia feita
por um livreiro, que trabalha na
feira de artes e antigüidades do
Bexiga (região central de São Paulo). Ele comprou as 76 fotos e o livro de botânica "Medicina Brasiliensi", escrito em latim em 1648
pelo holandês Piso Willem, por
R$ 2.000. A obra é avaliada entre
R$ 50 mil e R$ 70 mil.
O livreiro, que segundo a polícia
não quis ser identificado, assistiu
no "Jornal Nacional", da Rede
Globo, uma reportagem sobre o
sumiço dos livros do Museu Nacional e identificou a peça que havia comprado como uma das desaparecidas. Ele procurou a polícia e a Secretaria Estadual de Cultura para entregar a obra.
"Rastreamos as informações do
livreiro e chegamos a esses estudantes. Prendemos um deles em
flagrante com vários livros roubados. Os outros estão sendo investigados", afirmou o delegado Mário Jordão Leme, da 1º Delegacia
Seccional de São Paulo.
Segundo o delegado, o estudante preso, Laéssio Rodrigues de
Oliveira, 31, já foi acusado, há cinco anos, de furtar livros de uma
biblioteca da cidade. O advogado
de Oliveira não foi localizado pela
reportagem.
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