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Vítima relata falha em exame
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao perceber, no auto-exame da
mama, um caroço e, logo depois,
um abaulamento do seio, a professora Maria Aparecida Pereira,
56, submeteu-se à mamografia
em um hospital municipal de São
Paulo. No exame, feito em janeiro
de 2001, nada foi constatado.
Seis meses depois, como a dor
persistia, repetiu o exame no Hospital das Clínicas. A mamografia,
associada a uma biopsia, confirmou o câncer. A doença já estava
em estágio avançado e Maria teve
de extirpar a mama esquerda.
Segundo a professora, na época,
o médico que a atendeu no HC,
após avaliar a primeira mamografia, que estava com uma qualidade de imagem bem ruim, comentou que a falha ocorrera porque o
aparelho estava descalibrado.
"Ás vezes penso que se tivesse
ido primeiramente ao HC, talvez
o câncer pudesse ter sido diagnosticado mais precocemente e nem
precisaria ter retirado a mama."
Em geral, a mamografia não detecta de 10% a 15% dos casos de
câncer de mama. Além dos problemas técnicos, os médicos dizem que a densidade do tecido
mamário de muitas mulheres,
principalmente as mais jovens, às
vezes não permite a visualização
dos tumores.
A falha de diagnóstico de um
aparelho de raios X levou Lucas,
2, à UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Segundo a balconista
Geane Carla Gonçalves, 24, mãe
da criança, em dezembro do ano
passado o filho foi levado a um
posto de saúde com tosse persistente e febre. O médico pediu uma
radiografia do pulmão, mas nada
foi constatado.
No dia seguinte, o garoto começou a ter dificuldades para respirar. Um novo exame realizado no
hospital mostrou que Lucas estava com pneumonia bacteriana.
"Comparei os dois exames e a diferença foi incrível. No primeiro,
havia apenas um borrão."
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