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Nº de mortos por policiais cresce em SP e no Rio
PM paulista matou 21% mais entre janeiro e maio, em relação ao mesmo período de 2007
Para Ouvidoria, falta acompanhamento psicológico para reduzir mortes; no Rio, mortes por policiais têm aumentado desde 2004
DA REPORTAGEM LOCAL
As polícias do Rio de Janeiro
e de São Paulo estão matando
mais em 2008 do que no mesmo período do ano passado. Na
Polícia Militar paulista, por
exemplo, foram 21% mais mortes em relação a 2007.
Entre janeiro e maio deste
ano, houve 221 mortes causadas por PMs. No mesmo período de 2007, foram 182 casos, segundo dados da Corregedoria
da PM, publicados no "Diário
Oficial" do Estado.
No período, houve queda de
19% nos feridos por PMs.
Segundo Júlio César Neves,
ouvidor assistente da polícia de
São Paulo, falta acompanhamento psicológico mensal para
reduzir o número de mortes.
A Polícia Civil também matou mais -13, de janeiro a março, e feriu 14. No mesmo período de 2007, nove morreram e
sete se feriram, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
Para a pesquisadora Cristina
Neme, do NEV (Núcleo de Estudos da Violência da USP), a
associação entre mais mortes e
menos feridos pode indicar
uma tendência a uma política
de confronto. Ela não considera linha dura, porém, a gestão
do secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão.
A PM diz que atua legalmente e que treina os policiais pelo
método Giraldi, que os ensina a
só atirar em último caso. A corporação disse que tirou das
ruas mais de 32 mil criminosos
de janeiro a maio.
Rio de Janeiro
No Rio, as mortes por policiais civis e militares só têm aumentado desde 2004, segundo
a Secretaria de Segurança. Foram 502 casos de janeiro a abril
deste ano-11,8% a mais que no
mesmo período de 2007.
Segundo Neme, do NEV, no
Rio há um política clara de confronto. "A prioridade não é a
preservação da vida."
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