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outro lado
Governo Serra diz que herdou rede sem currículo unificado
DA REPORTAGEM LOCAL
Como explicação para o fato
de as metas de qualidade no ensino não terem sido atingidas, o
governo José Serra (PSDB) citou a falta de currículo unificado na rede, situação que afirma
ter mudado a partir do segundo
semestre do ano passado.
Já a gestão do ex-governador
Geraldo Alckmin (PSDB) destacou avanços em outros indicadores e afirmou que as melhorias na educação só ocorrem
em médio e longo prazos.
Em uma crítica indireta às
gestões anteriores, o governo
Serra disse ao Tribunal de Contas do Estado que "a falta de parâmetros curriculares provocou a existência de diferentes
padrões de chegada [resultados] em cada escola". O PSDB
governa o Estado desde 1995.
Em ocasiões anteriores, a
gestão Serra já havia criticado
políticas do governo Alckmin
na educação, como, por exemplo, a implantação do tempo integral em parte da rede.
A Folha pediu ontem uma
entrevista com a secretária
Maria Helena Guimarães de
Castro, mas a Secretaria da
Educação se pronunciou por
meio de nota. Disse que "implantou uma série de mudanças para melhorar a qualidade
da aprendizagem dos alunos.
Além da definição de parâmetros curriculares, a rede agora
conta com programa especial
de alfabetização, novo sistema
de avaliação, recuperação intensiva (...) e ensino médio diversificado, entre outras".
A pasta afirma ainda que "todas estas ações têm objetivo de
melhorar a aprendizagem e,
conseqüentemente, diminuir a
reprovação dos alunos, reduzindo a taxa de evasão. Os parâmetros curriculares são fundamentais para que haja definição do que os alunos devem
aprender a cada aula, com os
professores definindo como
ensinar". Educadores relatam
que não havia, por exemplo,
definição de qual série deveria
ser ensinada fração aos alunos.
A Folha procurou o secretário da Educação da gestão Alckmin, Gabriel Chalita, mas sua
assessoria não conseguiu contatá-lo. O secretário-adjunto
no período, Paulo Barbosa, negou que a rede não contasse
com parâmetros para as aulas.
Segundo ele, as diretrizes para
o ensino são fixadas em lei federal, e as escolas têm autonomia para implementá-la. "Os
parâmetros são fixados pela
Lei de Diretrizes e Bases da
Educação e houve discussão na
rede para a montagem dos programas. Tanto que a filosofia
voltou para a grade."
"A nossa gestão avançou
muito na redução da evasão no
ensino fundamental, que era de
2% em 1999 e caiu para 0,6%
em 2006, o menor índice do
país. Também criamos projetos importantes, como o Escola
da Família", disse.
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