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Colégio particular resiste à iniciativa
DA REPORTAGEM LOCAL
O projeto Saúde e Prevenção
nas Escolas vai se limitar às instituições públicas. Nas escolas privadas, seria um fracasso, prevêem
os especialistas.
"A maioria das escolas particulares teme a reação dos pais", diz a
educadora Maria Luisa Eluf. Entre os colégios católicos, o projeto
não teria a menor chance de implementação. "As escolas católicas se comportam de acordo com
os valores da igreja", diz monsenhor Dario Bevilacqua, porta-voz
da Arquidiocese de São Paulo.
O padre Julio Munaro, da Pastoral da Saúde, lembra os três pontos que a igreja não admite: a relação sexual antes do casamento, o
aborto e o uso do preservativo.
"Nós nos preocupamos com o
número de abortos e a gravidez
na adolescência, mas a igreja é por
uma educação sexual séria e mais
responsável", diz.
Há outras ressalvas de natureza
prática. "Achamos que é um pouco cedo para ser colocado em prática", diz Antonio Carlos Egypto,
que coordena o projeto pelo
GTPOS. "Apenas distribuir camisinha não resolverá o problema. É
necessário um trabalho orientado
e continuado nas escolas."
Egypto também questiona o fato de a distribuição ser feita na escola. "Poderia haver uma parceria
entre saúde e educação. As escolas
fariam o trabalho de orientação, e
os postos de saúde distribuiriam
os preservativos."
(AB)
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