São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2003


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Colégio particular resiste à iniciativa

DA REPORTAGEM LOCAL

O projeto Saúde e Prevenção nas Escolas vai se limitar às instituições públicas. Nas escolas privadas, seria um fracasso, prevêem os especialistas.
"A maioria das escolas particulares teme a reação dos pais", diz a educadora Maria Luisa Eluf. Entre os colégios católicos, o projeto não teria a menor chance de implementação. "As escolas católicas se comportam de acordo com os valores da igreja", diz monsenhor Dario Bevilacqua, porta-voz da Arquidiocese de São Paulo.
O padre Julio Munaro, da Pastoral da Saúde, lembra os três pontos que a igreja não admite: a relação sexual antes do casamento, o aborto e o uso do preservativo. "Nós nos preocupamos com o número de abortos e a gravidez na adolescência, mas a igreja é por uma educação sexual séria e mais responsável", diz.
Há outras ressalvas de natureza prática. "Achamos que é um pouco cedo para ser colocado em prática", diz Antonio Carlos Egypto, que coordena o projeto pelo GTPOS. "Apenas distribuir camisinha não resolverá o problema. É necessário um trabalho orientado e continuado nas escolas."
Egypto também questiona o fato de a distribuição ser feita na escola. "Poderia haver uma parceria entre saúde e educação. As escolas fariam o trabalho de orientação, e os postos de saúde distribuiriam os preservativos." (AB)


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