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Técnica italiana é adaptada no Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
O Instituto Europeu de Oncologia em Milão (Itália) foi o primeiro centro a utilizar radioterapia
intra-operatória para o câncer de
mama. Em 2000, a instituição iniciou um estudo com 800 pacientes acima de 48 anos com tumores
inferiores a 2,5 cm. Os resultados
ainda não foram publicados.
Pesquisador durante três anos
no instituto italiano, o mastologista brasileiro Antonio Frasson,
da PUC-RS e do hospital Albert
Einstein, foi um dos responsáveis
pela introdução da técnica, aplicada ao câncer de mama, no país.
No hospital da PUC-RS, que atende pacientes do SUS, a radioterapia intra-operatória já foi utilizada em 25 mulheres.
Segundo Frasson, para que
houvesse viabilidade de implantar a técnica no país, foi preciso
uma adaptação, um certo "jeitinho brasileiro". Na Europa, é usado um acelerador linear (que emite os feixes de raios-X) portátil,
que custa em torno de US$ 2 milhões. A aplicação é feita em uma
sala do centro cirúrgico geral, especialmente blindada contra vazamento de radiação.
Sem condições de arcar com os
custos do aparelho, os hospitais
estão adaptando seus centros de
radioterapia, onde há aceleradores lineares fixos, para a realização
da cirurgia. Além das reformas físicas necessárias, os centros passaram a ser esterilizados especialmente para o procedimento.
Para Frasson, a adaptação do
método vai permitir que mais
centros brasileiros comecem a
adotar a técnica da radioterapia
intra-operatória.
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