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PATRIMÔNIO
Mesmo tombadas, relíquias arquitetônicas das ferrovias do Vale do Paraíba se encontram em péssimo estado
Estações de trem sofrem com abandono desde 1996
FABIANA CORRÊA
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE
A indefinição criada pela privatização, em 1996, da rede ferroviária que corta o Vale do Paraíba
tem provocado o abandono de estações consideradas patrimônio
histórico.
Das 46 estações existentes na região, três são tombadas pelo Condephaat (Conselho de Defesa do
Patrimônio Histórico, Artístico,
Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo). Mesmo assim,
elas se encontram em péssimo estado de conservação. Cinco estão
operando, enquanto 17 foram demolidas e dez estão fechadas ou
abandonadas -o restante é usado para outras finalidades, como
abrigar órgãos públicos.
O abandono se agravou a partir
da década de 50, com a implantação da via Dutra e a privatização
da malha da RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.), comprada pela MRS Logística.
Hoje, a MRS, a RFFSA (cujo
processo de liquidação ainda está
em andamento) e as prefeituras
dividem a posse e a conservação
das estações. Como a RFFSA e a
MRS não demonstram interesse
na recuperação das estações, muitas prefeituras passaram a lutar,
inclusive na Justiça, para reaver a
posse dos imóveis.
Hoje, no Vale do Paraíba, o
transporte ferroviário de passageiros é feito somente em Pindamonhangaba e Campos do Jordão, com finalidade turística. A
MRS estuda participar da restauração de duas estações tombadas
-em Cachoeira e Guaratinguetá-, que não são administradas
pela empresa.
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