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Secretária diz a grevista que manterá decreto
Maria Helena Guimarães de Castro, da Educação, recebeu professores e avisou que não fará alterações pedidas; paralisação continua
De 11 escolas visitadas pela reportagem na capital, cinco não haviam aderido à greve; pasta e sindicato divergem sobre número da paralisação
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
Ontem, no segundo dia da
greve nas escolas estaduais, a
secretária estadual da Educação, Maria Helena Guimarães
de Castro, recebeu os professores grevistas para avisar que, ao
contrário do que eles esperam,
o decreto que deu origem à paralisação não será revogado.
"A secretária disse que o decreto é importante e que, nesse
sentido, ele não será alterado",
afirmou Maria Auxiliadora Albergaria, que é assessora técnica da Secretaria da Educação e
participou da reunião.
O decreto, assinado em maio
pelo governador José Serra
(PSDB), restringe a transferência de professores efetivos (para mudar de escola, é preciso
estar na rede há três anos; para
substituições, é necessário ficar
no cargo de substituto por ao
menos 200 dias) e impõe provas aos temporários (aqueles
com notas altas têm prioridade
para assumir turmas).
A Apeoesp (sindicato dos
professores) diz que essas mudanças foram feitas sem consulta aos docentes e acabam
com direitos adquiridos. Por isso, iniciou uma greve anteontem. A decisão ocorre às vésperas do recesso escolar de julho.
"A secretária disse que aceita
ouvir nossas queixas, mas que
não muda nada no decreto. A
greve, portanto, continua", disse Carlos Ramiro de Castro,
presidente do sindicato.
Segundo a Secretaria da Educação, 2% dos cerca de 250 mil
professores não deram aula ontem. Pela versão do sindicato, a
greve atingiu ontem 60% das
5.500 escolas do Estado.
Ontem, a reportagem visitou
dez escolas da zona sul da capital e uma da região central. Delas, cinco não aderiram à greve,
quatro aderiram e duas pararam parcialmente.
Cerca de 15% dos professores
de escolas de Ribeirão Preto
aderiram à paralisação. Na região de Araraquara, a greve só
atingiu uma escola na cidade e
outra em Matão. Nas regiões de
Barretos e de Orlândia, não
houve adesão. Na região de Jaboticabal, os professores pararam em duas escolas, em Monte Alto e Taquaritinga.
Reajuste salarial
Da reunião de ontem na Secretaria da Educação também
participaram, ao lado dos professores, os sindicatos de outras categorias da educação, como supervisores e diretores.
Pedem aumento salarial.
"Vínhamos pedindo esse encontro desde fevereiro. Só agora, com a greve, resolveram dar
uma resposta", disse Maria Cecília Mello Sarno, da Apase
(sindicato dos supervisores).
A Secretaria da Educação
disse que a equipe econômica
do governo estudará o pedido
de reajuste salarial.
Colaboraram o "AGORA" e a FOLHA RIBEIRÃO
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