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entrevista
Estado diz que greve tem pequena adesão
DA REPORTAGEM LOCAL
Maria Auxiliadora Albergaria, assessora técnica da
Secretaria de Estado da Educação, diz que o decreto com
mudanças para os professores tem como objetivo melhorar o ensino.
(RW)
FOLHA - Como a Secretaria da
Educação vê a greve?
MARIA AUXILIADORA ALBERGARIA
- Não é uma greve grande.
Pedimos aos pais que levem
os filhos às escolas, porque os
professores estão lá. É justo
que façam suas reivindicações, mas não podem prejudicar os alunos. Depois, será
preciso repor as aulas. Isso
atrapalha a vida das famílias.
FOLHA - Por que os professores
não aceitam o decreto?
ALBERGARIA - Pelo que vi,
quem mais está entrando na
greve são os professores
temporários. O decreto cria
uma prova para os temporários, que não têm vínculo
permanente com o Estado.
Mas a prova será classificatória [determinará a ordem dos
docentes que terão preferência na hora de escolher turmas no início do ano], e não
eliminatória. Isso é importante, temos de avaliar o conhecimento do professor. O
conteúdo da prova vai ser o
que o professor está trabalhando com os alunos. Não
vemos problema. O sindicato
acha que haverá dispensa de
professores. A idéia não é essa. Mas pode ocorrer, se houver mais professor que vaga.
FOLHA - E a nova restrição às
transferências?
ALBERGARIA - Um limite é necessário para as remoções
[transferências] e para as
substituições. Queremos que
o professor [efetivo] só faça
substituições quando o período de substituição for
igual ou superior a 200 dias
letivos, quase um ano letivo.
Essa menor rotatividade
provoca menos prejuízo aos
alunos. O sindicato também
não gostou do fato de o professor que teve dez dias de
faltas no ano anterior não
poder fazer substituições.
FOLHA - O sindicato não foi consultado sobre as mudanças?
ALBERGARIA - Naquele momento, de fato não foram
consultados. Ouvimos muito
a rede de ensino, não as entidades de classe. Fizemos
muitos diagnósticos, que
apontaram para a necessidade de diminuir a rotatividade
e as faltas. O decreto e a lei
[que limitou as faltas] vieram
para resolver a questão.
FOLHA - Quando a greve acaba?
ALBERGARIA - Esperamos que
o mais cedo possível.
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