|
Texto Anterior | Índice
Se você já foi contagiado
DA REVISTA
Desde que aceitou aquele convite, suas amizades nunca mais
foram as mesmas. Em vez de telefonemas ou e-mails, as conversas
com amigos acontecem pelo
"scrapbook". Aquela pessoa com
quem você só cruzava no elevador
de repente figura na sua lista de
mais chegados. E os colegas mais
tímidos dão calorosos "testemunhos" sobre a sua pessoa.
Ser um dos cerca de 800 mil
usuários da rede de relacionamentos mais popular do mundo
tem vantagens, mas você já parou
para pensar nas esquisitices que o
site filhote do Google criou?
Um sujeito com quem você não
vai muito com a cara -mas que é
amigo do seu chefe- de repente
aparece na "home" pedindo para
ser seu amigo. Saia justa das boas.
Você tem lá uma lista de 30 bons
amigos. Seus confrades, no entanto, ostentam centenas de pessoas
em sua relação. Vai bancar o mal-amado ou tratar de expandir o
círculo de amizades? Mas e o risco
de ser considerado uma Darlene
virtual, que faz qualquer coisa por
fama e popularidade?
Essas e outras idiossincrasias
são resultado do próprio sistema
do Orkut. Baseados no princípio
de que um afago na auto-estima
não faz mal a ninguém, seus criadores inventaram um círculo vicioso e viciante: quanto mais popular o usuário quiser ser, mais
terá de usar o site. Ou seja, quanto
mais sucesso você quiser fazer,
mais bem-sucedido o Orkut será.
Pois é, não existe almoço grátis.
Texto Anterior: Internet - Se você não foi contagiado: Orkut reúne "amigos" e vira panelinha virtual Índice
|