São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 2008

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Diplomata vietnamita reaparece depois de ser seqüestrado

Ele chegou na tarde de ontem ao hotel em que está hospedado, em Copacabana, no Rio, dizendo "fugi, fugi, consegui fugir"

Para a polícia, os principais alvos do seqüestro eram os três chineses que foram levados com ele e que também fugiram do cativeiro

LUCIANO LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O diplomata vietnamita Vu Thanh Num, seqüestrado na manhã de sábado, reapareceu ontem à tarde no hotel em que está hospedado, em Copacabana, na zona sul do Rio.
Ele chegou dizendo "fugi, fugi, consegui fugir". Para a polícia, os principais alvos dos bandidos eram os três chineses que foram levados com ele e que também fugiram do cativeiro.
O delegado Fernando Veloso, da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista, e o subsecretário estadual de Inteligência, Rivaldo Barbosa, descartaram a possibilidade de roubo a turistas seguido de seqüestro, admitindo que a ação pode estar ligada à máfia chinesa.
Até o fechamento desta edição, só um dos chineses tinha sido localizado pela polícia, em Santa Cruz. Os três trabalham na construção da CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), no bairro da zona oeste.
Na terça-feira passada, o Ministério Público do Trabalho entrou com uma ação civil contra as empresas internacionais responsáveis pela siderúrgica, pois foram encontrados cerca de 120 chineses trabalhando como pedreiros. O MP alega que a contratação de estrangeiros só é permitida quando não há pessoal qualificado no país.
Os chineses faziam uma excursão ao Corcovado, no sábado. Cerca de dez homens armados bloquearam a estrada das Paineiras, levaram os três chineses e abordaram o táxi que levava Vu Thanh Num.
O cativeiro era na favela da Fazendinha, no Complexo do Alemão (zona norte). Vu Thanh Num contou ter ficado trancado num espaço de nove metros quadrados na companhia dos chineses. Ontem à tarde, eles abriram um buraco no teto do cativeiro e fugiram.
Um morador emprestou chinelos e o ajudou a sair da favela. Ao chegar ao hotel, ele deu R$ 1.000 ao morador e ao taxista que os transportou. Vu Thanh Num disse não saber do destino dos chineses.
O Itamaraty divulgou uma nota oficial expressando "grande satisfação" pela libertação dos estrangeiros.


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