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Diplomata vietnamita reaparece depois de ser seqüestrado
Ele chegou na tarde de ontem ao hotel em que está hospedado, em Copacabana, no Rio, dizendo "fugi, fugi, consegui fugir"
Para a polícia, os principais alvos do seqüestro eram os três chineses que foram levados com ele e que também fugiram do cativeiro
LUCIANO LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
O diplomata vietnamita Vu
Thanh Num, seqüestrado na
manhã de sábado, reapareceu
ontem à tarde no hotel em que
está hospedado, em Copacabana, na zona sul do Rio.
Ele chegou dizendo "fugi, fugi, consegui fugir". Para a polícia, os principais alvos dos bandidos eram os três chineses que
foram levados com ele e que
também fugiram do cativeiro.
O delegado Fernando Veloso,
da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista, e o subsecretário estadual de Inteligência, Rivaldo Barbosa, descartaram a possibilidade de roubo a
turistas seguido de seqüestro,
admitindo que a ação pode estar ligada à máfia chinesa.
Até o fechamento desta edição, só um dos chineses tinha
sido localizado pela polícia, em
Santa Cruz. Os três trabalham
na construção da CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico),
no bairro da zona oeste.
Na terça-feira passada, o Ministério Público do Trabalho
entrou com uma ação civil contra as empresas internacionais
responsáveis pela siderúrgica,
pois foram encontrados cerca
de 120 chineses trabalhando
como pedreiros. O MP alega
que a contratação de estrangeiros só é permitida quando não
há pessoal qualificado no país.
Os chineses faziam uma excursão ao Corcovado, no sábado. Cerca de dez homens armados bloquearam a estrada das
Paineiras, levaram os três chineses e abordaram o táxi que
levava Vu Thanh Num.
O cativeiro era na favela da
Fazendinha, no Complexo do
Alemão (zona norte). Vu
Thanh Num contou ter ficado
trancado num espaço de nove
metros quadrados na companhia dos chineses. Ontem à tarde, eles abriram um buraco no
teto do cativeiro e fugiram.
Um morador emprestou chinelos e o ajudou a sair da favela.
Ao chegar ao hotel, ele deu
R$ 1.000 ao morador e ao taxista que os transportou. Vu
Thanh Num disse não saber do
destino dos chineses.
O Itamaraty divulgou uma
nota oficial expressando "grande satisfação" pela libertação
dos estrangeiros.
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