|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Cura é possível para um tipo de distúrbio
DA REPORTAGEM LOCAL
Em poucas áreas da cardiologia é possível falar em cura. Pacientes que têm um tipo de taquicardia, a Síndrome de
Wolff-Parkinson-White, podem acabar com o problema
por meio da ablação por radiofrequência, a técnica que cauteriza porções do coração responsáveis pelos impulsos elétricos anormais.
Os portadores da síndrome
têm condutores extras de impulsos elétricos no caminho
entre os átrios e os ventrículos,
originados de uma má-formação congênita no sistema elétrico do coração. "Pessoas com
essas taquicardias se curam em
mais de 95% dos casos", diz
Eduardo Sosa, do Incor.
As arritmias são diagnosticadas pelo eletrocardiograma
convencional ou por registro
contínuo da atividade elétrica
do coração com um aparelho
chamado Holter, que fica preso
ao paciente 24 horas.
De acordo com o presidente
do Departamento de Cardiologia Clínica da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Carlos Vicente Serrano, alguns problemas digestivos, como a gastrite,
e psiquiátricos, como a Síndrome do Pânico, causam sintomas parecidos com os das taquicardias. "É necessário afastar outras patologias."
As taquicardias são muito
mais perigosas quando se originam nos ventrículos. Por isso
é necessário procurar o médico
ao sentir palpitações, pois somente ele poderá diferenciar
uma arritmia benigna de uma
potencialmente maligna.
Nos EUA, um levantamento
realizado em 1985 mostrou que
de 300 mil mortes súbitas ocorridas por ano no país cerca de
80% eram causadas por uma
taquicardia gravíssima, a fibrilação ventricular.
Texto Anterior: Saúde: Técnica trata palpitação sem cirurgia Próximo Texto: Plantão: País perde o professor José Reis Índice
|