|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SP 450
Lojas fundadas no começo do século 20 sobreviveram às crises e viram a cidade virar metrópole
Comércio "do tempo da onça" resiste no centro
ROBERTO DE OLIVEIRA
DA REVISTA
Eles sobreviveram às turbulências provocadas por sucessivas
crises financeiras, passaram por
pacotes econômicos, adaptaram-se às mudanças de moedas. Ao
longo dos anos, testemunharam o
apogeu e a decadência de seu território, o centro paulistano. Por
incrível que pareça, são estabelecimentos que nasceram nas últimas décadas do século 19 e começo do 20, quando a cidade virava
metrópole, e resistem até hoje.
"Graças ao mercado exportador
de café e à expansão das rodovias,
o processo de modernização de
São Paulo foi acelerado. Em pouco tempo, o comércio passou da
simples compra e venda feitas em
mulas a uma complexa rede de
negócios", conta a historiadora
Marisa Midori Deaecto, 29, autora de "Comércio e Vida Urbana
na Cidade de São Paulo (1889-1930)", (editora Senac, 235 páginas, R$ 40).
A combinação entre produto,
atendimento, ambiente e tradição
talvez ajude a explicar a permanência de algumas poucas empresas, acredita o professor Dilson
Gabriel dos Santos, 61, da Faculdade de Economia e Administração da USP. "Elas acabaram
criando um nicho. Permanecem
fiéis às origens, atendendo a um
determinado perfil de consumidor, muitas vezes, netos e bisnetos
dos compradores iniciais", diz.
Num segmento extremamente
volátil como o comércio, não é tarefa fácil. Entre 1965 e 1998, apenas três das 25 grandes empresas
do comércio paulistano sobreviveram. Dois anos depois, as três
tinham ido à falência.
"Organizar a sucessão é outra
tarefa dificílima, talvez o aspecto
mais difícil da continuidade, a hora de passar o bastão", diz o economista Marcel Solimeo, 66, da
Associação Comercial.
A Revista visitou esses sobreviventes para saber quem está segurando o bastão.
Leia a reportagem completa no site
www.uol.com.br/revista
Texto Anterior: Farkas criou estilo na arte da fotografia Próximo Texto: No fio do bigode: Barbearia permanece a mesma há 83 anos, com clientela fiel Índice
|