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Ação reforça tese de intervenção
DA SUCURSAL DO RIO
A demonstração de força do
bando de traficantes que ocupou
durante duas horas a refinaria de
Manguinhos e conseguiu fugir,
sem baixas, do cerco policial,
ocorre no momento em que o governo federal discute internamente alguma forma de intervenção na polícia do Rio.
O governo Lula avalia que as
medidas de segurança adotadas
pela governadora Rosinha Garotinho (PSB) não estão sendo suficientes para impedir a escalada de
violência no Estado.
A intenção do governo, segundo a Folha informou sexta-feira, é
federalizar o comando da polícia
do Estado por um prazo determinado. O governo considera que o
combate ao crime organizado e
ao narcotráfico exige o controle
federal das polícias Civil e Militar
do Rio. Ao reagir à notícia de que
a União estuda até a possibilidade
de uma intervenção no Estado, o
secretário de Segurança Pública
do Rio, Josias Quintal, disse anteontem que "não há nada que
justifique" a medida extrema.
Ao longo dos quatro primeiros
meses do governo de Rosinha Garotinho, os comandos do tráfico
fizeram dezenas de ações públicas
de terror e de demonstração de
força em bairros do Rio e nos
principais municípios do Grande
Rio. Só em fevereiro, ao longo de
três dias seguidos, três pessoas
morreram e 19 ficaram feridas, inclusive três policiais. Foram depredados 58 veículos e atacados
dois supermercados.
Em março foram atacados o hotel Méridien, em Copacabana, um
shopping center e mais carros e
ônibus. No início deste mês, mais
dois dias seguidos de terror com o
saldo de dois mortos, nove ônibus
incendiados e dois shoppings atacados. No dia 14, o hotel Glória foi
atingido por tiros de fuzil. E anteontem os traficantes ocuparam
por duas horas a única refinaria
privada do Rio, Manguinhos.
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