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PROSTITUIÇÃO INFANTIL
Ainda falta o balanço final da ação da PF em 15 Estados
Operação mobiliza 200 e prende 1
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal em seu balanço preliminar da operação Tamar,
de repressão à exploração sexual
infantil, informou ontem que
abriu quatro inquéritos, interditou quatro casas noturnas e realizou uma prisão.
A ação, iniciada na noite de sexta-feira, mobilizou 200 policiais
federais e foi realizada em todo o
país. Ainda faltam dados sobre o
resultado final da operação em 15
Estados.
A operação Tamar é uma parceria entre a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Exploração Sexual Infantil e a PF. A comissão, em seis meses de investigação, visitou mais de 20 locais
nos quais crianças e adolescentes
trabalham como prostitutas.
Além disso, contabiliza mais de
600 denúncias em todo o país.
A PF interditou no Amazonas
quatro casas noturnas. No Pará,
uma adolescente foi encontrada
com um caminhoneiro. Em Rondônia, um homem foi preso em
flagrante com uma adolescente e
uma mulher em uma suíte de motel. Inquéritos foram instaurados
no Distrito Federal, no Pará, no
Piauí e em Sergipe.
Até a conclusão desta edição,
não havia dados sobre o resultado
da ação em 15 Estados.
A senadora Patrícia Saboya
(PPS-CE), que preside a CPI,
acompanhou, na noite da sexta-feira em Brasília, a fiscalização da
PF. O saldo de "batidas" em quatro casas noturnas foi a condução,
à delegacia especializada, de uma
adolescente e do gerente do estabelecimento.
Vazamento
"Há uma intercomunicação em
rede entre essas boates. É importante que esse tipo de operação
passe a integrar o trabalho permanente da polícia, porque a repressão é fundamental para o combate à exploração sexual", disse.
Segundo ela, a CPI, que deve
concluir seus trabalhos no final
deste mês, com a apresentação de
um relatório, indicou à PF alguns
locais nos quais a comissão constatou a existência de prática de exploração sexual.
A esses dados, a PF acrescentou
seus próprios levantamentos, do
que restou uma operação deflagrada nas capitais dos Estados e
em outras sete cidades do país,
como Foz do Iguaçu e Corumbá.
Já a relatora da CPI, a deputada
Maria do Rosário Nunes (PT-RS),
disse houve vazamento de informação, que prejudicou a Operação Tamar.
Colaborou a Agência Folha, em Manaus
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