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Paisagem de sal inspirou Dalí
ESPECIAL PARA A REVISTA
Impressionante. Assim é o
maior deserto de sal do planeta, o
Salar de Uyuni, na Bolívia. Não foi
por acaso que sua paisagem de sal
e esculturas naturais de pedra inspirou a pintura surrealista do catalão Salvador Dalí. A travessia de
três dias para cruzá-lo, a bordo de
um veículo 4x4, passando por
vulcões, gêiseres, lagoas coloridas
repletas de flamingos e surpresas
reveladas a cada hora é uma das
experiências mais impactantes da
porção sul do continente.
A jornada que liga as cidades de
São Pedro de Atacama, no norte
do Chile, a Uyuni, no sul da Bolívia, começa a 2.800 m de altitude.
Em poucas horas, rodando sobre
a areia dourada, ao pé do vulcão
Lincabur, avista-se a Laguna Verde. A tonalidade pastel tinge a paisagem, intensificando o contraste
com a lagoa esmeralda. A breve
caminhada até a lagoa pode provocar náusea leve e dor de cabeça,
pois a altitude já beira os 4.500 m.
Segue-se então rumo ao norte,
subindo a 4.800 m para visitar o
Sol de Mañana, gêiseres que, como grandes caldeirões prestes a
explodir, expelem gases quentes,
deixando forte cheiro de enxofre.
A alguns quilômetros dali, a água
que corre submersa no solo vulcânico, com temperatura beirando
os 30C, aflora em poças, convidando o viajante para um banho.
O terceiro e último dia guarda as
imagens mais esperadas, a mais
clássica paisagem do salar: uma
vasta e plana superfície branca de
sal. A travessia custa em média
US$ 60 pelos três dias, incluindo
hospedagem e refeições. É importante, entretanto, que o viajante
leve sua própria água.
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