|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Moto-táxi se destaca no país
DA REPORTAGEM LOCAL
O ranking de motorização
aponta a influência dos serviços
de moto-táxi no interior do Estado, que ajudaram a fazer de Araçatuba (530 km de SP) a líder na
proporção de motos por habitante: são 7,84 moradores para cada
veículo - na capital paulista há
22 pessoas por moto.
"Nossa cidade é plana e quente,
o que favorece a circulação das
motos", afirma Carlos Cesar Costa, diretor do Departamento de
Trânsito de Araçatuba. Segundo
ele, os serviços de moto-táxi, que
foram regulamentados há três
anos, já têm 1.328 operadores cadastrados. O custo máximo da tarifa fixado por lei equivale a três
passagens de ônibus.
Esse meio de transporte também é significativo em Rondonópolis (MT) e Ji-Paraná (RO), que
figuram na segunda e na terceira
posição, respectivamente, do ranking de motos por habitante.
"Os alvos mais recentes da indústria foram as motos. Elas estão
no foco. Foram lançados modelos
populares, mais baratos, para
conquistar esse público", afirma
Cristina Badini, da ANTP (Associação Nacional de Transportes
Públicos), que vê essa tendência
com preocupação por causa da
segurança no trânsito.
Uma pesquisa divulgada neste
ano pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)
apontou a gravidade das colisões
nos trechos urbanos: de cada 100
acidentes com motos, há vítimas
com alguma gravidade em 71. Para automóveis, essa proporção é
de 7 para 100.
Ônibus
Os maiores índices de ônibus
por morador se concentram em
municípios que não têm transporte urbano intenso, mas que estão ligados a empresas de transporte rodoviário -que acabam
emplacando os veículos lá.
É a situação, por exemplo, de
Patos de Minas (MG) e de Cachoeiro de Itapemirim (ES), que
abrigam escritórios das viações
Gontijo e Itapemirim. Elas estão
no ranking das dez empresas do
setor que mais transportam passageiros nas estradas do país.
No ranking de tratores por habitante, a presença de Santos e
Cubatão, no litoral paulista, entre
as líderes é explicada pelo maquinário do pólo petroquímico e do
porto. "Ninguém verá tratores na
cidade. É um veículo para movimentação da carga no porto",
afirma João Milham, delegado da
Ciretran (Circunscrição Regional
de Trânsito) de Santos. (AI)
Texto Anterior: Família de Curitiba não vive sem seus carros Próximo Texto: Urbanismo: Ruas comerciais mudam para enfrentar shoppings Índice
|