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Governo e policiais têm reunião hoje para tentar acordo
DA REPORTAGEM LOCAL
Representantes dos policiais
civis e membros do governo de
São Paulo devem participar hoje no TRT (Tribunal Regional
do Trabalho) de mais uma rodada de negociações sobre a
questão salarial. A partir do resultado, a desembargadora Dora Vaz Treviño deve decidir se
faz outra audiência de reconciliação entre as partes ou se leva
o caso da greve a julgamento.
A reunião deve acontecer às
10h e não terá a presença da desembargadora. O TRT será representado por um assessor
econômico, que depois se reportará à desembargadora.
O objetivo é que os sindicatos
especifiquem a pauta de reivindicações e que o governo volte a
explicar sua proposta. A reunião foi marcada há uma semana, durante uma audiência.
Representantes dos sindicatos disseram que, se não houver
uma proposta concreta de reajuste, a Polícia Civil voltará a
paralisar as atividades.
A categoria pede reajuste de
58% a 200% e reivindica participar da eleição do delegado-geral de polícia, hoje nomeado
pelo governo. A gestão de José
Serra (PSDB) classificou as exigências dos policiais de "irrealistas" e disse que a folha de pagamento mais do que dobraria
se as atendesse.
Segundo João Batista Rebouças da Silva Neto, presidente do
Sipesp (sindicato dos investigadores de polícia), os sindicatos
farão uma avaliação da proposta do governo. Depois, podem
convocar uma assembléia geral
para amanhã. Só em seguida é
que pode haver paralisação.
A Secretaria de Gestão Pública afirmou que está sempre
aberta para negociar.
Atualmente, segundo os sindicatos, a polícia está em estado
de greve, mas o atendimento à
população é mantido.
Se os policiais decidirem parar, serão suspensas as investigações e o registro de ocorrências menos graves, como furtos,
estelionatos, ameaças e perdas
de documentos. Isso ocorreu
parcialmente na quarta-feira.
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