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Feirinha é alvo de investigação policial
DA REPORTAGEM LOCAL
A feirinha da madrugada é alvo
de investigação da força-tarefa
que reúne os poderes municipal,
estadual e federal. O secretário da
Segurança da cidade de São Paulo, Benedito Mariano, afirma que
o evento noturno da rua 25 de
Março é um dos 40 pontos da capital paulista monitorados pelo
grupo coordenado por ele.
"Evidentemente, a ação não é
sobre o trabalhador informal e
sim concentrada na pirataria, o
contrabando e o roubo de carga.
Por isso nossos alvos têm sido os
fornecedores", diz Mariano.
Em junho, policiais civis, militares e federais atuaram em conjunto com a prefeitura em uma ação
que apreendeu o equivalente a
cerca de R$ 4 milhões em produtos ilegais na região da feirinha.
Foram necessários 50 caminhões para transportar os produtos confiscados de dois prédios
que serviam de depósito, na 25 de
Março, para o galpão da Subprefeitura da Sé. De acordo com Mariano, o material ficou durante
dois meses à disposição de quem
quisesse reclamá-lo e tivesse nota
fiscal para provar a sua legalidade.
Somente 5% do total voltou para
as mãos de seus donos.
A força-tarefa já realizou ações
na rua Santa Ifigênia (centro), que
reúne a pirataria na área de informática, e na Galeria Pajé, prédio
localizado em uma rua transversal à 25 de Março.
Da galeria, foram apreendidos
14 caminhões de mercadoria ilegal, totalizando cerca de R$ 7 milhões. "Só 10% das lojas, dispostas
nos 11 andares do prédio, estavam
com as notas fiscais de seus produtos", diz Mariano.
A ação mais recente se deu com
a interceptação, pela Polícia Federal, de um ônibus que vinha do
Paraguai para São Paulo. Por
meio dele, a força-tarefa chegou a
três agências de turismo clandestinas, localizadas no Brás (centro). Os investigadores acreditam
que as agências são as únicas ainda em operação no transporte de
sacoleiros da capital paulista.
As ações da força-tarefa são
concentradas no âmbito das subprefeituras da Lapa e Pinheiros
(oeste), Santo Amaro (sul) e Sé
(centro). "A pirataria é um problema global. As apreensões nos
levam a estimar que pelo menos
metade da mercadoria comercializada na cidade seja ilegal", diz.
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