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Tratamento causa polêmica entre médicos
DA REPORTAGEM LOCAL
O tratamento imunológico para abortos recorrentes
vem sendo utilizado no Brasil há dez anos, mas ainda
provoca polêmica entre os
médicos. Segundo o ginecologista Victor Bunduk, especialista em medicina fetal do
Hospital das Clínicas de São
Paulo, ainda faltam evidências científicas que comprovem a eficácia da terapia.
Ele afirma que é preciso
que se faça mais estudos do
tipo duplo-cego- em que
se pega um grupo de pacientes da mesma faixa etária,
com o mesmo número de
abortos e que recebeu a vacina, e um outro grupo com as
mesmas características que
utilizou apenas soro fisiológico-, para comparar o desempenho de cada um.
Segundo o médico Ricardo Barini, desde 1985 há
uma série de estudos duplo-cego confirmando uma melhora dos resultados após o
uso da imunoterapia. Há
três anos, uma revisão dos
trabalhos teria atestado a eficiência do tratamento.
O médico Antonio Fernandes Moron, 48, professor
adjunto do departamento de
ginecologia e obstetrícia da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), discorda
da suposta falta de comprovação científica. "Os resultados são brilhantes. Só discorda disso quem não conhece ou quem não faz o tratamento", afirma.
Para a imunologista Silvia
Daher, ainda não se sabe até
que ponto há também interferência do "efeito psicológico" nos resultados positivos
da imunoterapia. Ela utiliza
o tratamento há dez anos
-no início na Unifesp, e,
atualmente, na Santa Joana/
Pro Mater- e se diz satisfeita com os resultados.
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