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Outro lado
SP diz que indicado passa por crivo técnico
Governo afirma que dirigentes serão submetidos a teste de proficiência e, caso não sejam aprovados, podem até perder o cargo
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário da Casa Civil,
Aloysio Nunes Ferreira, afirma
que as indicações apresentadas
por políticos aliados são encaminhadas normalmente, mas
que todas as nomeações de dirigentes de ensino passam antes
pelo crivo da área técnica da Secretaria da Educação.
A Casa Civil, de acordo com o
secretário, envia os currículos
apresentados à Educação, que
decide se aceita ou não o nome
indicado pelo político.
De acordo com o secretário,
que se manifestou por meio de
assessores, recentemente a
Educação recusou "três ou quatro nomes" indicados.
Além disso, segundo ele, há
uma orientação do governo para que haja critérios objetivos
na escolha e na manutenção de
pessoas em postos-chave de livre nomeação do Executivo.
Por meio de nota, a secretária
de Estado da Educação, Maria
Helena Guimarães de Castro,
afirmou que a troca de dirigentes de ensino ocorre sempre
após "avaliação técnica".
O governo José Serra (PSDB)
anunciou que vai aplicar provas
de proficiência para os atuais
dirigentes de ensino, assim como para os ocupantes de outros
cargos de confiança.
Os que não forem aprovados
na prova terão de freqüentar
cursos de aperfeiçoamento, segundo o governo, e correm o
risco de perder o cargo.
Titular da Educação durante
o governo Geraldo Alckmin
(PSDB), Gabriel Chalita diz que
políticos "de diversos partidos"
buscavam o governo para tentar indicar nomes.
"Mas todas as vezes selecionávamos de três a seis nomes
para entrevista na secretaria,
da qual participavam o chefe-de-gabinete, um coordenador e
técnicos", disse.
Chalita afirmou que as indicações de políticos eram interessantes para identificar quais
educadores tinham liderança
regional, o que indicava uma
boa característica para assumir
o posto de dirigente. "Mas a última palavra era técnica."
Chalita afirmou que não seguiu o modelo de provas, implementado por Covas, porque
havia o risco de os exames
apontarem "apenas burocratas" para os postos.
"Até gosto daquele modelo,
mas não encontramos como
aplicá-lo bem", disse.
Titular da Educação do governo Cláudio Lembo (DEM) e
do início da gestão Serra, Maria
Lúcia Marcondes Carvalho
Vasconcelos não respondeu
aos pedidos de entrevistas.
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