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Parte dos políticos nega ter feito indicação; outros relatam como foi a negociação
DA REPORTAGEM LOCAL
EM SÃO PAULO
Deputados e outros políticos
aliados ao governo dão versões
distintas sobre sua participação na composição do quadro
de dirigentes de ensino. Parte
deles nega, mas outros falam
abertamente sobre como atuaram para emplacar nomes.
O deputado Barros Munhoz
(PSDB), líder do governo na Assembléia, diz que não indicou a
dirigente de Mogi-Mirim, onde
foi prefeito. "Fui prefeito, deputado, e ela continuou lá, procuro não interferir."
Paulo Barbosa (PSDB), deputado e ex-secretário-adjunto da
Educação, também nega que
tenha atuado para manter as
dirigentes de Registro, São Vicente e Santos, sua base eleitoral. "Jamais pedi um cargo neste governo. Se houve dirigentes
que ajudaram [em sua campanha eleitoral], foi porque trabalho muito pela educação."
O secretário municipal de
Esportes de São Paulo, Walter
Feldman, a quem é atribuído
um dos cargos de dirigente em
Guarulhos, é incisivo em sua
negativa. "Alguém confundiu
meu nome lá. Essas indicações
são um tipo de ação que reprovo, ainda mais na educação."
A assessoria do deputado Aldo Demarchi (DEM) também
afirma que ele pode, no máximo, ter dado aval para a nova
dirigente de Limeira.
O deputado Orlando Morando (PSDB) negou que tenha indicado a dirigente de São Bernardo do Campo, onde é candidato a prefeito. Por meio de sua
assessoria, afirmou que tinha
divergências com o então secretário Gabriel Chalita, titular
da Educação quando foi nomeada a dirigente.
O deputado Celino Cardoso
(PSDB) também negou que tenha indicado a dirigente da
Norte 2. "Conheço a professora
porque sou atuante na região.
Mas não fui eu que a indicou."
Jacareí
Já o presidente do PSDB de
Jacareí, Blaird Cardoso, confirma que a dirigente da cidade foi
nomeada depois de obter apoio
do diretório municipal e do deputado Antonio Carlos (PSDB).
"Ela é experiente, e nossa indicação foi acatada."
Outro caso em que a negociação política foi confirmada
ocorreu em São Carlos, segundo o então presidente municipal do PSDB, Waldomiro Antonio Bueno de Oliveira.
Na ocasião, Oliveira chegou a
consultar o deputado federal
Lobbe Neto (PSDB-SP). "Ele
disse: "Sou amigo dos dois [candidatos], sei que são competentes e são daqui. Qualquer um
que for escolhido, [o cargo] estará em boas mãos'", afirmou
ontem à Folha Oliveira, que
continua filiado ao partido.
A reportagem procurou Lobbe Neto, mas foi informada por
sua assessoria de que ele estava
viajando.
O prefeito de Ituverava, Mário Takayoshi Matsubara
(PSDB), também confirma que
partiu dele, com apoio do deputado estadual Roberto Engler (PSDB), a indicação para
São Joaquim da Barra.
Engler, por sua vez, nega.
"Acho que ela foi escolhida por
ter se destacado."
Baseado em Bauru, Pedro
Tobias (PSDB) não foi localizado para comentar sua suposta
indicação para a dirigente da
cidade, de quem é amigo.
A reportagem entrou em
contato com a assessoria do deputado Uebe Rezeck (PMDB-SP), de Barretos, que não telefonou de volta.
A Folha não obteve resposta
dos seguintes deputados: Rogério Nogueira (PDT), Edmir
Chedid (DEM), Estevam Galvão (DEM), Pedro Tobias
(PSDB), Rita Passos (PV) e Padre Afonso (PV).
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