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São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 2003

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DANUZA LEÃO

A felicidade conjugal

Viver junto é ótimo, mas algumas regras devem ser aprendidas -e decoradas- para que reine a paz conjugal. São pequenas coisas que serão feitas sempre sem o menor sacrifício, claro, e fundamentais para que o amor perdure ad eternum.
Como todo mundo sabe, as necessidades básicas femininas são bem diferentes das masculinas: homem ocupa muito espaço, e nós, mulheres, temos que abrir mão de certas felicidades do tempo em que se morava sozinha e se sonhava com a vida conjugal -tudo pelo amor.
É difícil ler um jornal quando se mora com um homem; um livro, praticamente impossível. Mas se não conseguir se conter, diga de vez em quando "beeeem, olha que coisa interessante" -e leia uma frase para ele, que assim não vai se sentir tão esquecido e abandonado. Quem não leu "Guerra e Paz" enquanto era solteira pode desistir e deixar para depois do divórcio, porque com homem por perto não dá.
Aqueles telefonemas sem fim com a amiga, para falar desde os estados da alma até sobre o modelo de sandália que viu na revista, nunca mais. Ainda está para nascer o homem que suporte ver a mulher pendurada no telefone de conversa fiada, e sabe por quê? Eles são seres simples, que só querem uma coisa: que toda a atenção de todos os segundos da vida de quem estiver por perto seja dedicada a eles e a mais ninguém. Não é muito, é?
Já mulher é diferente; se elas souberem que são amadas acima de tudo, eles podem até ir ao futebol, desde que telefonem no meio do jogo para dizer que estão com saudades.
Mulher é capaz de fechar a torneira do chuveiro, abrir a cortina do boxe e gritar, bem alto: "Meu amor, você me ama?". Nessa hora, um homem inteligente cessa qualquer atividade e, mesmo que esteja atracado com a bula do novo celular, larga tudo, entra no banheiro, olha para ela com altos ares de desejo e diz "te adoro". Pronto: está comprada a paz, pelo menos por uns dias. E não custa, custa?
Mulher acredita muito mais em palavras do que em atos, e um marido esperto deve repetir as tais palavras tantas vezes quanto conseguir, para ter uma vida sossegada.
Já os homens gostam de ser tratados como se fossem crianças de colo, e é preciso deixar bem claro que a única coisa importante para você é ele.
Homens não precisam ser amados o tempo todo, basta que toda a atenção do universo seja dedicada exclusivamente a eles e a mais ninguém.
Sendo assim, a partir do momento em que ele chega em casa e até o momento em que sai para trabalhar, ela só deve ter olhos para ele. Aliás, olhos não, os cinco sentidos: a visão, a audição, o tato, o olfato e o paladar, e nada, mas na-da, deve distraí-la do foco de sua vida, isto é, dele.
Quer um drinque? O gelo já deve estar tirado, claro, e você já deve saber de cor de quantas pedras de gelo ele gosta no uísque. Quer um canapezinho? Em segundos o pão deve estar cortado em quadradinhos com uma fatia de queijo em cima e uma cereja coroando tudo.
Um homem verdadeiramente sábio deve ter um caderninho no escritório, no qual estejam escritas, em letras vermelhas, as grandes datas da história: o dia em que se conheceram, o do primeiro beijo, o da primeira transa e como ela estava vestida. Nesses aniversários, importantíssimos para qualquer mulher do planeta, ele deve, além de mandar flores, levá-la para jantar fora e, nessa noite, cumprir com louvor os seus deveres masculinos.
É simples lidar com uma mulher: basta dizer, muitas vezes por dia, que a ama loucamente, mesmo que não seja verdade.
E é simples lidar com um homem: basta tratá-lo como se ele fosse Deus.


E-mail - danuza.leao@uol.com.br


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