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São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 2003

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Governo de Pernambuco mantém 21 farmácias populares

MAURO ALBANO
DA AGÊNCIA FOLHA

Citado na propaganda eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano passado, o Lafepe (Laboratório Farmacêutico de Pernambuco) foi criado em 1966 pelo então governador Miguel Arraes (hoje no PSB), mas o atual projeto de farmácias populares só foi adotado em 2001, na gestão de Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Até então, o Lafepe atuava apenas na produção de medicamentos. Havia duas farmácias em funcionamento, mas seu serviço era considerado deficitário e ineficiente. A reestruturação da empresa foi iniciada em 1999, quando ela acumulava uma dívida de R$ 37 milhões.
O modelo atual conta com 21 farmácias, espalhadas pela cidade de Recife e pelo interior de Pernambuco. Nos estabelecimentos populares, são vendidos medicamentos fabricados pelo Lafepe e genéricos comprados de outros laboratórios.

Preços inferiores
"Em alguns medicamentos, conseguimos preços até 1.800% inferiores aos praticados no mercado", afirmou Djalma Dantas, coordenador do projeto de farmácias populares.
Como exemplo, Dantas cita produtos como vitamina C, antitérmicos, analgésicos, antiparasitários e antidepressivos.
Um medicamento para pessoas hipertensas vendido por R$ 5,80 nas farmácias convencionais custa R$ 0,75 nas do Lafepe.
"Nós conseguimos baratear os preços [dos medicamentos] porque não fazemos publicidade, usamos embalagens simples e não precisamos obter lucros", afirmou Dantas.
De acordo com a direção do Lafepe, 70% dos clientes das farmácias populares pertencem às classes sociais C, D e E. A média de gasto por pessoa é de R$ 2,80.
Aproximadamente 160 mil pessoas compraram medicamentos nas farmácias populares em novembro passado. A expectativa para este mês é que o número de consumidores seja maior.

Localização
As farmácias populares do Lafepe foram instaladas em locais considerados de mais fácil acesso para a população de baixa renda. Na Grande Recife, por exemplo, as unidades estão localizadas no centro da cidade e próximas a pontos de ônibus.
No interior de Pernambuco, foram escolhidas para abrigar as farmácias populares as cidades-pólo e os municípios em que são realizadas feiras, como Vitória de Santo Antão.
Desde o ano de 2000, o Lafepe deixou de operar no vermelho. A receita líquida da empresa foi R$ 47 milhões em 2000, R$ 51 milhões em 2001 e R$ 78 milhões no ano passado -uma variação que chega a quase 70%.
De acordo com a direção do laboratório, o lucro da empresa está sendo reinvestido em pesquisa e na ampliação de instalações.



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