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Governo de Pernambuco mantém 21 farmácias populares
MAURO ALBANO
DA AGÊNCIA FOLHA
Citado na propaganda eleitoral
de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
no ano passado, o Lafepe (Laboratório Farmacêutico de Pernambuco) foi criado em 1966 pelo então governador Miguel Arraes
(hoje no PSB), mas o atual projeto
de farmácias populares só foi adotado em 2001, na gestão de Jarbas
Vasconcelos (PMDB).
Até então, o Lafepe atuava apenas na produção de medicamentos. Havia duas farmácias em funcionamento, mas seu serviço era
considerado deficitário e ineficiente. A reestruturação da empresa foi iniciada em 1999, quando ela acumulava uma dívida de
R$ 37 milhões.
O modelo atual conta com 21
farmácias, espalhadas pela cidade
de Recife e pelo interior de Pernambuco. Nos estabelecimentos
populares, são vendidos medicamentos fabricados pelo Lafepe e
genéricos comprados de outros
laboratórios.
Preços inferiores
"Em alguns medicamentos,
conseguimos preços até 1.800%
inferiores aos praticados no mercado", afirmou Djalma Dantas,
coordenador do projeto de farmácias populares.
Como exemplo, Dantas cita
produtos como vitamina C, antitérmicos, analgésicos, antiparasitários e antidepressivos.
Um medicamento para pessoas
hipertensas vendido por R$ 5,80
nas farmácias convencionais custa R$ 0,75 nas do Lafepe.
"Nós conseguimos baratear os
preços [dos medicamentos] porque não fazemos publicidade,
usamos embalagens simples e
não precisamos obter lucros",
afirmou Dantas.
De acordo com a direção do Lafepe, 70% dos clientes das farmácias populares pertencem às classes sociais C, D e E. A média de
gasto por pessoa é de R$ 2,80.
Aproximadamente 160 mil pessoas compraram medicamentos
nas farmácias populares em novembro passado. A expectativa
para este mês é que o número de
consumidores seja maior.
Localização
As farmácias populares do Lafepe foram instaladas em locais
considerados de mais fácil acesso
para a população de baixa renda.
Na Grande Recife, por exemplo,
as unidades estão localizadas no
centro da cidade e próximas a
pontos de ônibus.
No interior de Pernambuco, foram escolhidas para abrigar as
farmácias populares as cidades-pólo e os municípios em que são
realizadas feiras, como Vitória de
Santo Antão.
Desde o ano de 2000, o Lafepe
deixou de operar no vermelho. A
receita líquida da empresa foi R$
47 milhões em 2000, R$ 51 milhões em 2001 e R$ 78 milhões no
ano passado -uma variação que
chega a quase 70%.
De acordo com a direção do laboratório, o lucro da empresa está
sendo reinvestido em pesquisa e
na ampliação de instalações.
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