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CARNAVAL
Gaviões da Fiel, a escola mais prejudicada, perdeu oito pontos por um carro quebrado e por estourar o limite de 65 minutos
Atrasos e acidentes ofuscam primeiro desfile
DA REPORTAGEM LOCAL
O primeiro desfile do Carnaval
de São Paulo, que começou na
sexta-feira à noite, foi marcado
por dificuldades com a evolução,
atrasos, carros quebrados, ultrapassagem do tempo máximo de
desfile, punições e pessoas feridas.
Com cinco minutos a menos para
cruzar o sambódromo, a maioria
das escolas tropeçou em problemas ao desfilar.
A mais prejudicada foi a Gaviões da Fiel, que, apesar de ter levantado o público, terminou a
apresentação em 70 minutos, e
não em 65, como manda a nova
regra. A escola perdeu oito pontos
e já pode abandonar o sonho do
tricampeonato (ela foi campeã
em 2002 e no ano passado).
Depois do recuo da bateria, o último carro da Gaviões ficou desgovernado e bateu na grade de segurança, derrubando uma caixa
de som e ferindo uma pessoa.
O carro alegórico perdeu o controle novamente quando chegava
à dispersão, destruiu parcialmente o portão, derrubou o cronômetro e só parou quando atingiu um
poste. Na confusão, mais três pessoas ficaram feridas -uma delas
teve os dedos do pé esmagados.
Mas a escola não foi a única a ter
contratempos. Unidos do Peruche, Acadêmicos do Tatuapé, Camisa Verde e Branco e Unidos de
Vila Maria tiveram falhas na evolução, com buracos entre alas e
carros. O desfile se estendeu até as
8h15, ultrapassando em mais de
uma hora a previsão inicial.
Com a missão de falar da cidade, por conta de seus 450 anos, várias escolas apostaram no tema
gastronomia. Dois ingredientes
apareceram em diversos carros
alegóricos e fantasias: pães, uma
referência à necessidade de matar
a fome de muitos paulistanos, e
café, produto fundamental para
alavancar a riqueza da cidade.
As referências gastronômicas
começaram na concentração dos
componentes da escola Águia de
Ouro, à qual dom Mauro Morelli,
bispo de Duque de Caxias (RJ) e
integrante do Conselho Nacional
de Segurança Alimentar (que dá
as diretrizes do Fome Zero), compareceu para abençoar os pães
que seriam carregados pelas baianas da escola, cujo enredo falava
da culinária paulistana.
Na Gaviões, um carro tinha
aparelhos que espalharam aroma
de café e que "acordaram" a platéia, que não parou de agitar as 10
mil bandeiras distribuídas pela
agremiação. A X-9 Paulistana levava "pão" até no nome do enredo, que, mais uma vez, falava das
influências gastronômicas recebidas pela cidade.
(ALENCAR IZIDORO, AMARÍLIS LAGE, MARIANA VIVEIROS E SIMONE IWASSO)
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