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RIO
Secretário Anthony Garotinho determinou as prisões
Presos oficial e seis PMs acusados de forjar prisão de ex-traficante
DA SUCURSAL DO RIO
Seis policiais militares foram
presos ontem sob acusação de terem forjado a prisão do ex-traficante José Roberto da Silva Filho,
o Robertinho de Lucas, na noite
da última segunda-feira.
Anteontem, pelo mesmo fato, já
havia sido preso o ex-comandante da unidade, o tenente-coronel
Lourenço Pacheco. Silva Filho já
foi solto por falta de provas. As
prisões foram determinadas pelo
secretário de Segurança Pública,
Anthony Garotinho.
Em depoimento à Polícia Civil,
Silva Filho disse que foi abordado
em uma blitz da PM. Segundo ele,
Pacheco ameaçou prendê-lo caso
não convencesse moradores da
favela Parada de Lucas (zona norte) a retirar a acusação contra ele e
outros policiais de ligação no assassinato do guardador de carros
Leandro Santos Silva em 2003.
O guardador de carros foi morto um dia após ter denunciado os
policiais por tortura e extorsão. A
suspeita de participação no crime
levou Pacheco- na época comandante da unidade- a ser
exonerado e preso por 30 dias.
Silva Filho diz que não aceitou o
acordo e foi preso sob a acusação
de portar uma arma. O juiz Roberto Lacê Brandão determinou o
relaxamento da prisão por ter encontrado irregularidades.
Após investigar o fato, Garotinho determinou a prisão administrativa de Pacheco e dos outros
PMs. A Folha não obteve autorização para ouvir os acusados.
Um dos maiores traficantes do
Rio nos anos 90, Silva Filho foi
solto em 2002 após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) extinguir
processo no qual era condenado
por tráfico de drogas. Silva Filho
alega ter abandonado o tráfico.
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