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Visitas tentam identificar vítimas
DA REPORTAGEM LOCAL
Cinco pessoas compareceram
ontem ao Hospital do Servidor
Público Municipal para tentar
identificar uma das vítimas da
chacina contra moradores de rua
ocorrida na madrugada de quinta-feira no centro de São Paulo e
uma outra, que chegou ao hospital na sexta-feira às 12h28 com
agressões semelhantes às sofridas
pelas outras vítimas. A administração do hospital informou que
as pessoas chegam em busca de
parentes desaparecidos. Nenhum
dos dois foi identificado.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública considera, oficialmente, dez vítimas para o caso.
Quatro já morreram e as outras
seis continuam em estado grave.
Ainda não se sabe se essa 11ª vítima, internada na sexta-feira também com traumatismo craniano,
tem ligação com o caso.
A polícia identificou ontem, pelas impressões digitais, Vanderlei
Moreira Alves, 30, um dos três
moradores de rua internados no
Hospital do Servidor Público. Eles
estão internados na UTI e correm
risco de morte.
Duas outras vítimas estão internadas na Santa Casa: Daniel Gomes de Sousa, 44, e outro homem,
ainda não identificado. Eles não
receberam visitas. Tiveram traumatismo craniano e estão internados na UTI do hospital.
Messias Rodrigues Moreira, internado em Ermelino Matarazzo,
está sedado e apresenta fortes dores de cabeça. O outro homem,
ainda não identificado, continua
na UTI, em coma induzido. Eles
também não receberam visitas.
Ivanildo Amaro da Silva, 41, foi
enterrado às 14h no Cemitério da
Saudade, em São Miguel Paulista
(zona leste). Compareceram cerca de 30 pessoas, entre elas o padre Julio Lancellotti, da Pastoral
do Povo de Rua.
O enterro de Cosme Rodrigues
Machado, 56, ocorreu às 17h de
no Cemitério da Vila Formosa
(zona leste) e reuniu cerca de 15
pessoas. A barraqueira Cristina
Silva, 28, que conhecia Machado,
disse que ele costumava dormir
dentro de uma van de lanches, a
pedido da proprietária. Há 15
dias, ele disse que voltaria a dormir na rua, pois desconhecidos
haviam ameaçado matá-lo se
continuasse a dormir ali. "Como
ele tinha problemas mentais, não
acreditei", disse Silva.
Os outros dois mortos, cujos
corpos estão no IML (Instituto
Médico Legal), só devem ser enterrados nos próximos dias pois
ainda não foram identificados
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