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ENTREVISTA
Brasileiro quer difundir método mãe-canguru
BRUNO LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL
Um brasileiro vai presidir o Comitê Internacional do Método
Mãe-Canguru, que deve iniciar
suas atividades em março do ano
que vem. O médico Roberto Rivetti, 49, coordenador-executivo
da Fundação Orsa, conta que sua
missão é ambiciosa: a uniformização mundial do método, em
que recém-nascidos de baixo peso ou prematuros, assim como os
filhotes de canguru, ficam coladinhos à mãe, recebendo calor e carinho, bem longe da incubadora.
Folha - Quais as vantagens do
método mãe-canguru?
Roberto Rivetti - O método nasceu em um hospital na Colômbia,
onde não havia verba para comprar incubadoras suficientes.
O número de infecções é menor, as crianças têm desenvolvimento neurológico melhor, e o
afeto entre mãe e filho cresce. A
criança, presa com uma faixa, fica
encostada pele a pele com a mãe.
Folha - Por que é necessário um
comitê internacional?
Rivetti - O método se espalhou
por todos os continentes. Faltava
um fórum para trocar experiências. É o caminho para fazer lá fora o que fizemos aqui. Quarenta
países enviaram representantes
para o último workshop sobre o
método, que aconteceu na África
do Sul, em novembro. O próximo
será em 2004, no Rio de Janeiro.
Folha - Por que o Brasil está na
frente?
Rivetti - O método é adotado como política oficial em cerca de 260
maternidades públicas, em convênio com a Orsa. O Brasil uniformizou a metodologia.
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