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Estudante evita carne vermelha
DA REPORTAGEM LOCAL
"Vá a uma churrascaria e coma
à vontade." O conselho do médico não entusiasmou a estudante
de letras Hérika Puríssimo, 29.
"Impossível. Olho uma picanha e
chego a ficar enojada", diz ela, que
sofre frequentemente com a fraqueza causada pela anemia por
deficiência de ferro.
Na última consulta, os níveis de
ferro no seu organismo "eram a
metade do mínimo". O médico
recomendou remédios para repor
o mineral. "Não fiquei tomando
direto. Sou meio teimosa."
Hérika, que tem 1,72 e 60 kg,
deixou de comer carne vermelha
há sete anos, por influência de
amigos. Peixe e frango, também
fontes de ferro, são ingeridos por
ela apenas uma vez ao dia.
Outros nutrientes
Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Alimentação e
Nutrição, Silvia Cozzolino, além
das carências de ferro e vitamina
A, são importantes na população
brasileira as deficiências dos minerais cálcio (leite e derivados),
zinco (iogurte, cereais), magnésio
(grãos) e selênio (castanha do pará). A ingestão de cálcio no país
gira em torno de 300 mg diários
(o recomendável é ingerir 1g).
Segundo Cozzolino, a fortificação de alimentos com os micronutrientes é uma saída para compensar déficits que não são corrigidos com educação. O governo
determinou recentemente a fortificação das farinhas com ferro e
discute a adição de vitamina A a
algum alimento de consumo de
massa. Segundo Andréa Ramalho, consultora do Ministério da
Saúde, a fortificação do arroz com
a vitamina é a idéia mais cotada.
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