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Crise começou com mudança
DA REPORTAGEM LOCAL
As empresas de ônibus Cidade
Tiradentes, Santo Amaro e Ibirapuera não eram consideradas viações problemáticas pelo sindicato
dos condutores de São Paulo antes de serem repassadas a Leonardo Lassi Capuano e João Tarcísio
Borges pela família Constantino.
"Elas eram padrão, não davam
dor de cabeça", afirma Geraldo
Diniz da Costa, secretário de Assuntos Jurídicos da entidade.
Na Santo Amaro e na Ibirapuera, a crise atingiu seu pico nas
duas primeiras semanas de agosto de 2002. Sem a perspectiva de
receber os salários e temendo a
perda dos empregos, motoristas e
cobradores tomaram conta da garagem e assumiram a operação.
A situação da Cidade Tiradentes
passou a ser investigada quando a
Deatur (delegacia de atendimento
ao turista), em 25 de janeiro,
apreendeu uma pasta no autódromo de Interlagos. Um bilhete
citava: "Próxima empresa que iremos quebrar: Cidade Tiradentes";
"laranja: José Matilde de Arruda".
A polícia descobriu que ela fora
vendida para Samy Jaroviski, 73, e
que Arruda havia morrido seis
meses antes. Jaroviski foi preso
nesta semana e, com mais quatro
homens, é acusado de integrar
uma quadrilha especializada em
assumir empresas em dificuldades financeiras, maquiar suas
contabilidades e vendê-las a sócios fictícios, obtendo antes empréstimos públicos e privados.
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