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PLANTÃO
Estudo mostra operação que pode mudar o timbre da voz
JULIO ABRAMCZYK
Normalmente não se espera voz grossa em mulher ou voz fina em homem. Mas essa situação pode ocorrer. E uma voz incompatível com o sexo pode
causar problemas emocionais,
profissionais e até na atividade
social do portador.
Existem, entretanto, operações para mudar a voz visando
solucionar esse problema. A
médica Saramira C. Bohadana,
em tese apresentada e aprovada
na Faculdade de Medicina da
USP, relatou uma técnica para
essa operação. Ela interfere na
vibração das pregas vocais pré e
pós-aproximação da cartilagem
cricotireóidea, um tecido de
consistência firme formado por
fibras de colágeno na laringe.
As pregas vocais são como as
cordas de um violão. O comprimento, como estão esticadas e
como são manipuladas, determinam o som que irá sair do
instrumento. Da mesma forma,
as características das pregas vocais determinam a duração e a
amplitude de vibração dessas
pregas, caracterizando o timbre
de voz.
Segundo Bohadana (cujo estudo foi orientado pelos professores Luiz Ubirajara Sennes e
Domingos Tsuji), a aproximação cricotireóidea simula a contração do principal músculo
tensor das pregas vocais, o músculo cricotireóideo. Ao aproximar as cartilagens cricóidea e tireóidea, as pregas vocais se distendem e se eleva a frequência
da voz, tornando-se mais aguda.
A técnica é indicada a pacientes que tiveram paralisia daquele músculo por doenças glandulares ou reumáticas e em transexuais, como é feito na Holanda.
A cirurgia oposta, para homens
com a voz muito fina e feminina,
faz com que ela se torne adequada para o sexo masculino. É o
que pode ocorrer quando, na
adolescência, a mudança vocal
não ocorreu adequadamente.
PSICANÁLISE
Curitiba homenageia analista de SP
No 5º Encontro Aberto de Psicanálise de Curitiba, realizado entre os dias 13 e 16, o médico Narciso L. Coelho Netto, de São Paulo, recebeu o título de membro honorário do Núcleo Psicanalítico de Curitiba por ter, na década de 70, formado a primeira geração de psicanalistas paranaenses.
ODONTOLOGIA
Cardíacos podem receber anestésicos
Márcia Inês Badillo e colaboradores do Incor apresentaram no 6º
Simpósio de Odontologia em Cardiologia revisão da literatura
dos últimos 12 anos que sugere, para a maioria dos casos, que os
dentistas podem usar anestésicos locais associados a vasoconstrictores em cardíacos estáveis.
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