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Empresário da telefonia foi grampeado
DA SUCURSAL DO RIO
Como especialista em telecomunicações, José Henrique Castanheira, acionista
da Eriline, imaginava ser o
alvo menos provável de
grampo, até que um ruído
na linha de sua casa o levou a
desconfiar de espionagem.
A Eriline participava da licitação para a concessão da
banda B de telefonia celular
no interior de São Paulo, em
1998, e o clima estava tenso.
O empresário começou a
ouvir estalos no PABX de
sua casa sempre que tirava o
fone do gancho. A desconfiança aumentou quando teria visto estranhos mexendo
no poste, diante da casa.
Técnicos da empresa de
Castanheira fizeram varredura na linha e encontraram
dois gravadores: um no poste e outro na caixa de passagem dos cabos na rua.
Castanheira foi vítima do
grampo mais rudimentar,
que denuncia sua presença
com ruídos. Os sistemas
modernos são imperceptíveis, afirma o detetive carioca Bechara Jalk, especialista
em contra-espionagem empresarial. Segundo ele, não
existe tecnologia à prova de
grampo. ""A única forma garantida de não ser grampeado é não falar ao telefone."
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