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Sobel defende a pena de morte
DA REPORTAGEM LOCAL
Conhecido por sua atuação junto ao movimento em defesa dos
direitos humanos, o rabino Henry
Sobel surpreendeu ao admitir que
agora é favorável à pena de morte.
Em entrevista ontem à Folha,
Sobel ressaltou que defende a medida como pai e cidadão, não como rabino. "O judaísmo condena
categoricamente a pena de morte.
Mas, na qualidade de pai, defendo
a pena de morte em casos excepcionais como o de Liana e Felipe."
Ele evitou o assunto ao discursar na manifestação de ontem na
Paulista. Preferiu defender mudanças na lei e dizer que é preciso
derrubar a "ditadura da violência". Para o rabino, "o sistema
carcerário falhou, não tem jeito e
educar criminoso não funciona".
A defesa de Sobel a favor da pena capital já provocou reações.
Presidente da Federação Israelita
do Estado de São Paulo, Jayme
Blay afirmou que a pena de morte
é uma "excrescência".
"A posição oficial da Federação
Israelita é de completo e total divórcio desse tipo de opinião. No
mundo de hoje, é uma excrescência esse tipo de atitude", disse. "O
judaísmo prega a vida e não a
morte. Recebemos muitos telefonemas de pessoas que não concordam [com a pena de morte].
Essa é uma posição exclusivamente pessoal [de Sobel]", disse.
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