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Grupo estuda transmissão do microrganismo
DA REPORTAGEM LOCAL
No Brasil, a bactéria H.
pylori é estudada por vários
grupos de pesquisadores.
Um deles é coordenado pela
médica Dulciene Maria de
Magalhães Queiroz, professora titular da UFMG.
O grupo de Queiroz estuda há sete anos a prevalência
da H. pylori em uma comunidade da área rural do distrito de Melquíades, em Governador Valares, norte de
Minas Gerais.
Segundo a pesquisadora,
foram acompanhadas cerca
de mil pessoas e uma das
conclusões foi que as mães e
os irmãos infectados são os
principais transmissores do
microrganismo. Os pais,
mesmo que infectados, não
o transmitem aos filhos.
De mãe para filho
Segundo a pesquisadora, o
principal modo de transmissão da bactéria é por via fecal-oral ou oral-oral. No caso da mãe, o contato mais
próximo com o filho facilita
a transmissão. "Ela beija a
criança frequentemente ou
assopra a comida para esfriar, por exemplo." Entre os
irmãos, o perigo maior é o
contato com fezes ou água
contaminada.
De acordo com Queiroz, a
infecção por H. pylori é, em
geral, adquirida antes dos oito anos de idade e permanece, ainda que assintomática,
durante toda a vida, se não
houver tratamento.
Até a publicação do trabalho de Queiroz, não havia
nenhuma informação concreta sobre o papel da família na transmissão da bactéria em países em desenvolvimento, onde há maior prevalência em razão da falta de
saneamento básico, aglomeração nas moradias e condições de higiene precárias.
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