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Ninguém se feriu; polícia investiga participação do PCC
Grupo atira e joga granada em posto da PM na Grande São Paulo
GILMAR PENTEADO
DA REPORTAGEM LOCAL
De seis a 15 homens fizeram de
30 a 40 disparos e jogaram três
granadas contra um posto comunitário da Polícia Militar do parque Pirajussara, em Taboão da
Serra, na Grande São Paulo, às
9h30 de ontem. Nenhum dos três
policiais presentes ficou ferido.
À tarde, a polícia prendeu seis
pessoas em um bar em Capão Redondo, zona sul da capital. Houve
tiroteio e um policial foi ferido levemente com um tiro de raspão,
mas os seis suspeitos não foram
reconhecidos pelas vítimas do
atentado -os três PMs- nem
por três testemunhas -ocupantes de dois carros roubados. Mais
tarde, outras duas pessoas foram
detidas, mas também não houve o
reconhecimento dos suspeitos.
O mesmo prédio sofreu atentado de menor proporção no começo do mês, quando dois homens
fizeram disparos. O de ontem foi
o segundo atentado contra um
posto da PM na Grande SP em
uma semana. No domingo passado, homens deram mais de 20 tiros contra o prédio da PM de Embu, que faz divisa com Taboão.
Ontem, apenas uma das três
granadas explodiu. Policiais do
Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) levaram um robô ao local
para detonar as granadas.
A 80 metros do posto, a polícia
localizou um Fiat Palio usado na
ação e que havia sido roubado 25
minutos antes do atentado. Outro
carro, um Fusca, foi roubado na
área logo após o crime.
Para o delegado Etore Bonifácio, os atentados de Embu e Taboão podem ter sido executados
pelo mesmo grupo. Segundo Bonifácio, dois dos homens que participaram da ação de ontem possuem as mesmas características
físicas dos criminosos que atiraram contra o posto de Embu.
O delegado afirma que os atentados podem ter relação com a
morte de Silvio dos Santos Luis,
23, o Binha, foragido da cadeia de
Taboão da Serra. Ele foi morto pela polícia no sábado passado.
O criminoso seria ligado ao PCC
(Primeiro Comando da Capital),
facção criminosa criada nos presídios e que, em 2001, organizou a
maior rebelião carcerária da história do país em São Paulo.
Um dia após o atentado em Embu, o comércio não abriu por causa de toque de recolher do PCC.
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